Prefeitura notifica Blumob a retomar o transporte coletivo de Blumenau sob pena de multa
Em vídeo, o prefeito da cidade se posicionou sobre a paralisação
• Atualizado
Nesta terça-feira (12), os moradores de Blumenau acordaram com todas as linhas do transporte coletivo municipal paralisadas. De acordo com a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), o ato foi deliberado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos de Blumenau (Sindetranscol). Por volta das 15h20 desta tarde, a prefeitura informou que notificou a Blumob para que retome imediatamente o transporte na cidade, sob pena de multa.
Em um comunicado, o poder público ainda ressalta que a “paralisação é ilegal, irregular e desrespeitosa e que deixou os cidadãos desamparados, sem qualquer aviso prévio”. E afirma que “não há espaço para negociações com quem adota práticas prejudiciais à comunidade”.
Leia a nota na íntegra:
Atualização sobre a retomada do Transporte Coletivo em Blumenau
Em uma ação imediata, a Prefeitura de Blumenau, por meio da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), notificou a Blumob para que retome imediatamente o transporte na cidade, sob pena de multa. A Blumob foi instruída a realizar todas as medidas administrativas e jurídicas necessárias para garantir o restabelecimento completo do transporte coletivo na região.
O atual cenário é marcado por uma paralisação ilegal, irregular e desrespeitosa, que deixou cidadãos de todas as idades desamparados, sem qualquer aviso prévio conforme previsto em lei, e sem a manutenção mínima dos serviços. Diante dessa situação, a Prefeitura reafirma a responsabilidade como poder concedente, porém ressalta que não há espaço para negociações com quem adota práticas prejudiciais à comunidade.
É importante destacar que o sistema de transporte coletivo estava operando de forma regular, com salários e benefícios em dia, sem nenhuma anormalidade que justificasse a paralisação. O que se observa é uma tentativa de desestabilização por trás de interesses políticos e sindicais, os quais não serão tolerados pela população de Blumenau.
A Prefeitura está em contato com a Polícia Militar para garantir a segurança nos terminais durante todo o processo de retomada do serviço. Blumenau não aceitará o desrespeito de um sindicato que prejudica não apenas a empresa concessionária, mas também os colaboradores dispostos a trabalhar e toda a comunidade que depende do transporte público.
Continuaremos acompanhando de perto o desenvolvimento da situação e forneceremos atualizações conforme necessário.
Principal motivo da paralisação
Em contato com o sindicato, Ari Germer, diretor do Sindetranscol, confirmou ao repórter Paulo César do SCC – SBT, que a motivação da paralisação é a falta de segurança nos terminais.
Prefeito se posiciona sobre o caso
Em contrapartida, o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, divulgou um vídeo nas redes sociais onde se diz surpreso e indignado com a paralisação abrupta. Ele ainda ressalta que sabe que não são todos os colaboradores que concordam com o ato e comenta que os salários são pagos rigorosamente em dia.
Sobre a falta de segurança nos terminais, ele destacou que acontecem situações pontuais e que por isso, a prefeitura investe em um convênio com a Polícia Militar.
Assista ao vídeo completo.
Resposta da Sindetranscol: “mobilizações vão continuar”
Em nota o Sindetranscol afirmou que todo o sindicato comprometido com a classe trabalhadora atua politicamente e que a negociação e o diálogo são os meios para resolver essas questões.
Eles também ressaltaram que nenhum trabalhador foi obrigado a participar da paralisação e que 94% dos colaboradores da Blumob são filiados ao sindicato e contribuem mensalmente para a sua manutenção.
O sindicato também questionou o uso de epidemias para tentar imputar responsabilidade à paralisação temporária. O comunicado diz ainda que o prefeito de Blumenau está há mais de dois anos sem dialogar com o sindicato. E que a categoria luta por melhores condições de trabalho, especialmente segurança e condições dignas nos locais de alimentação e nos sanitários.
Por fim, a nota ainda destaca que a paralisação do transporte coletivo por 24h foi apenas a primeira ação da categoria. “As mobilizações vão continuar, conforme anunciamos desde o dia 7 de fevereiro, quando os trabalhadores aprovaram a jornada de lutas em assembleia”, ressaltou o sindicato.
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