Padrasto é preso por suspeita de estupro após internação psiquiátrica de menina de 10 anos em SC

Uma menina de 10 anos revelou estar sendo abusada e estuprada pelo padrasto, em Pinhalzinho, no Oeste catarinense. O suspeito foi preso nesta segunda-feira (24).

Conforme a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), a investigação iniciou em setembro, após uma manifestação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A menina foi internada em instituição psiquiátrica, após pedido do MPSC.

Conforme o Ministério Público, no decorrer dessa internação surgiram provas encaminhadas pela delegacia de que ela teria sido abusada sexualmente.

A criança é venezuelana e teria contado sobre os abusos que sofria em uma reunião com o Conselho Tutelar e gestores da escola onde está. Ela teria falado na frente da mãe, que participava da reunião, quando se tratava da mudança de comportamento, agressividade e rebeldia da menina. O relato ocorreu em setembro deste ano.

“A gente constatou que a mãe liberava a menina para ser levada pelo padrasto aos lugares que ia, só os dois”, explica o delegado Lucas de Almeida, responsável pela investigação.

O homem chegou a beijar a menina na boca em uma confraternização. “Era normal momentos dela sozinha com ele”, destaca o delegado.

Segundo a Polícia Civil, a mãe da criança não teria tomado providências para impedir os abusos. Em depoimento, a mulher disse que ‘colocava a mão no fogo’ pelo companheiro e negou as denúncias. A mãe chegou a relatar que a filha foi estuprada por uma pessoa na Venezuela. “A mãe também não se queixou nem apuração”, diz Almeida sobre o crime no país vizinho. A mãe também foi indiciada pelo crime de estupro, por coparticipação, e pode ter pedido de prisão preventiva expedido.

“Transtorno e rebeldia podem ser decorrente desse trauma ocasionado pela violência sexual”, destaca o delegado.

O Ministério Público de Santa Catarina se manifestou favorável a prisão do padrasto acusado de abusar da enteada em Pinhalzinho. O pedido foi feito pela Polícia Civil no processo e a medida decreta pelo Poder Judiciário. A prisão do suspeito foi cumprida nesta segunda-feira (24/10).  

O Promotor de Justiça Bruno Poerschke Vieira, da Promotoria de Justiça da Comarca de Pinhalzinho, explica que desde o início, quando a escola entrou em contato o Ministério Público relatando o comportamento da criança, o Promotor de Justiça se dirigiu até o estabelecimento para acompanhar o procedimento.  

O MPSC requereu que após o período de internação, a menina seja acolhida, como medida de proteção inicial, no intuito de afastá-la do convívio com os agressores.

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