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E agora?

Obra de limpeza do Rio Tavares foi embargada por não atender critérios ambientais, diz ICMBio

Uma audiência de conciliação entre as partes deve ser realizada nesta sexta-feira (10)

• Atualizado

Mariana Pedrozo

Por Mariana Pedrozo

Foto: Dineli Pacheco/ SCC SBT
Foto: Dineli Pacheco/ SCC SBT

Depois da interrupção dos trabalhos de limpeza na vala de drenagem do Rio Tavares, em Florianópolis, na quarta-feira (8), pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o órgão emitiu uma nota explicando o fato.

No documento, o ICMBio informa que a obra foi embargada por não atender aos critérios ambientais, uma vez que se encontra no interior da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé, o que causa impactos diretos na unidade.

Além disso, relata que a Prefeitura de Florianópolis estava ciente de que a obra não poderia prosseguir nessas condições. No entanto, o executivo municipal fala que o trabalho é autorizado pela Defesa Civil da cidade, pois o local permite que a água da chuva acumulada na região, deságue em direção ao mar, evitando o alagamento das casas dos moradores do bairro. 

“Eu havia determinado essa limpeza e ela foi parada. Eu quero crer que talvez tenha faltado informações pelos fiscais do ICMBio, e que eles possam repensar a decisão sob pena que, na próxima semana, com uma chuva muito forte nós prejudicarmos toda a população dessa região”, falou o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto.

Por fim, o ICMBio diz que não tem a intenção de inviabilizar obras que visem a melhoria das condições de drenagem, principalmente nesta região. Confira a nota do Instituto na íntegra:

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informa que a obra no Rio Tavares foi embargada por não atender aos critérios ambientais, uma vez que se encontra no interior da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé e causa impactos diretos na unidade. A Prefeitura de Florianópolis estava ciente de que a obra não poderia prosseguir nestas condições.

Obras que impactem as unidades de conservação federais, devem, obrigatoriamente, passar pela análise do ICMBio. O Instituto considera toda a extensão dos danos que uma obra pode ocasionar, até mesmo para serviços emergenciais executados pela Defesa Civil.

O ICMBio não tem a intenção de inviabilizar obras que visem a melhoria das condições de drenagem. Os alagamentos na região do Rio Tavares, e que refletem no trânsito da SC-405, não são ocasionados somente pelas chuvas. Também há a influência das marés que podem causar alagamentos até mais graves que os das chuvas, o que a obra em questão não se propõe a resolver.

O ICMBio se compromete a discutir junto à Prefeitura e a Defesa Civil um planejamento de serviços que ofereçam soluções a curto, médio e longo prazo para a população, uma vez que há grande potencial de impacto aos manguezais que compõem a Resex do Pirajubaé.

Audiência de conciliação deve ser realizada nesta sexta

A Prefeitura de Florianópolis e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) definiram uma audiência de conciliação. A reunião ocorre nesta sexta-feira (10), a partir das 15h30, na Justiça Federal da Capital, e será mediada pela juíza Marjôrie Cristina Freiberger, da 6ª Vara da Justiça Federal em Florianópolis (Vara Federal Ambiental).

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