No Brasil, consumo de gás de cozinha atinge pior marca em 10 anos
Aumento de preço impactou vendas principalmente no Rio Grande do Sul e na Bahia
• Atualizado
O consumo de gás de cozinha no Brasil caiu 2,52% em 2022, registrando a pior marca em 10 anos. Segundo o Observatório Social do Petróleo (OSP), responsável pelo levantamento, o maior impacto na venda de botijões aconteceu nas regiões Sul e Sudeste, com redução de 3,74% e 3,61%, respectivamente.
Na média, o gás de cozinha era vendido no ano passado a R$ 109,86, o valor mais alto desde 2001 – quando a Agência Nacional do Petróleo (ANP) começou a divulgar a tabela de preços. A análise do período aponta ainda que em 2022 o país teve o menor consumo per capita de GLP, com a marca de 43,52 m³ para cada 1 mil habitantes.
Entre os estados, o Rio Grande do Sul foi o mais afetado pela queda do consumo, com 5,2%. Em seguida, aparecem a Bahia (com redução de 4,9%), o Rio Grande do Norte (4,4%) e São Paulo (4,3%). Para o economista Eric Gil Dantas, do OSP, o resultado é ocasionado pelo preço, cerca de 49% superior à média de 2007-2017.
“O consumo per capita de GLP no Brasil manteve-se mais ou menos estável entre 2007 e 2017. A partir de 2018 começa uma tendência forte de queda, a exceção foi apenas o ano de 2020, no auge da pandemia, quando houve um aumento forte da demanda por gás de cozinha no mundo inteiro”, acrescenta Dantas.
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