Nível do Rio Guaíba estabiliza, mas enchente seguirá por muito tempo em POA
No começo da noite de terça, a medição na régua do Cais Mauá indicava 5,22 metros
• Atualizado
O nível do Rio Guaíba apresentou sinais de estabilização na terça-feira (14), depois de subir muito durante a segunda-feira (13). No começo da noite de terça, a medição na régua do Cais Mauá indicava 5,22 metros, abaixo do pico superior a 5,30 metros do começo do mês.
Por que o Guaíba estabiliza? Vazão e vento. O rio iniciou trajetória de estabilização e que, entre esta quarta (15) e quinta (16), passará a ser de recuo com algumas oscilações temporárias para cima e para baixo entre 5,20 metros e 5.30 metros. Isso porque há pico da vazão e o vento Sul passou a soprar mais fraco.
A máxima vazão do Rio Taquari, segundo principal contribuinte do Guaíba, alcança Porto Alegre via de regra 24 horas a 30 horas após o pico em Lajeado. Como o máximo no vale foi na segunda ao amanhecer, o máximo da vazão do Taquari no delta do Jacuí na terça. Há ainda o Rio Jacuí, maior afluente, que, pelas imagens de satélite desta quarta, estava muito alto em grande parte de sua extensão, até o Centro do Rio Grande do Sul. Sua vazão muito acima do normal manterá o Guaíba alto.
Conforme a MetSul, as inundações na cidade de Porto Alegre, embora gradualmente menores, vão seguir ainda por muito tempo, possivelmente se estendendo ao começo de junho. A razão é simples: o nível está absurdamente alto. Os mais de 5,20 metros de ontem representavam ontem 3,20 metros acima da cota de cheia e 2,20 metros acima da cota de transbordamento. Valor é tão extremo – meio metro acima de 1941 – que não baixará para níveis inferiores aos de transbordamento tão cedo.
Além disso, o fato de que ainda haverá dias com chuva nesta metade do mês, os primeiros nesta quinta e na sexta; muitos dias no restante do mês terão vento Sul, o que gera represamento e contribui para manter o Guaíba elevado; e ainda o nível da Lagoa dos Patos está por demais elevado, o que vai se manter e torna o recuo muito mais lento.
A MetSul salienta que que, mesmo caindo abaixo da cota de transbordamento ou no final deste mês ou apenas em junho, haverá ainda áreas da cidade alagadas porque será preciso drenar a enorme quantidade de água que invadiu a zona urbana de Porto Alegre.
Com informações de MetSul
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