Nevasca prende turistas gaúchos em estrada a caminho do Chile
As pessoas estão dentro do ônibus, que transporta 36 passageiros, desde sábado (09)
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Um grupo de turistas gaúchos, que estava a caminho de Santiago, no Chile, está parado desde sábado (09) em uma estrada na Cordilheira dos Andes, na fronteira com a Argentina, por causa de uma nevasca.
Passageiros têm registrado os dias de angústia dentro do ônibus, que transporta 36 pessoas. Com a temperatura negativa, o veículo precisa permanecer sempre ligado, para manter o aquecimento interno. Refeições começaram a ser entregues no domingo, com a chegada do Exército à região.
“É o terceiro dia que estamos aqui. Está -11 °C, vou mostrar para vocês. A neve não para, nevando o tempo todo. Tem lugares que chega a 2 metros de altura”, relata a designer de interiores Lia Kich, que faz parte do grupo de viajantes.
Segundo ela, há cerca de 300 pessoas na Aduana, entre turistas, viajantes e caminhoneiros. No lado argentino, uma imensa fila de motoristas também aguarda a liberação da estrada para seguir viagem.
O Ministério das Relações Exteriores informou que o consulado do Brasil em Santiago mantém contato com as autoridades locais para monitorar as condições dos brasileiros e prestar assistência. O Itamaraty reforça que os caminhoneiros retidos foram colocados em abrigos.
Máquinas chilenas e argentinas têm trabalhado na limpeza das pistas, sempre que diminui a intensidade da nevasca. A previsão é que o trecho chileno da travessia seja liberado na 4ª feira (13), porém, novas nevascas podem ocorrer a partir do dia 14.
O proprietário de uma transportadora gaúcha, que leva cerca de 100 cargas por mês para o Chile, e vice-presidente da Federação dos Transportes da Região Sul, Sérgio Mario Gabardo, explica que a rota com problemas é muito usada para a entrega de máquinas, veículos e carrocerias.
A entidade ainda não sabe quantos motoristas estão retidos, mas monitora a situação. “Você imagina o caminhão parado, com carga parada… dois custos, do cliente e do nosso, né? Nós soubemos, quando contratamos, que temos esse risco, essa situação”, afirma o vice-presidente da Fetransul, Sérgio Mario Gabardo.
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