Mulheres são as mais afetadas profissionalmente durante a pandemia
Mulheres que estão desempenhando tarefas de cuidados, sentiram a demanda com os dependentes aumentar durante a pandemia
• Atualizado
Que a pandemia vai deixar suas marcas por um bom tempo a gente sabe. Além das questões de saúde e sanitárias, esse período ficará marcado como aquele em que muitas mães e pais tiveram dificuldades em conciliar os cuidados com os filhos e o trabalho. O resultado dessa sobrecarga? Em muitos casos, demissão, além do aumento da desigualdade entre homens e mulheres.
Os dados comprovam claramente que as mulheres foram as mais afetadas. No segundo trimestre de 2020 o desemprego medido pela pesquisa Pnad Contínua do IBGE foi de 12% entre homens e 14% entre mulheres. A mesma pesquisa mostrou que em junho, 7 milhões de mulheres deixaram o mercado de trabalho na última quinzena de março, contra 5 milhões de homens.
Outra pesquisa feita pela Sempre Viva Organização Feminista (SOF) mostrou que mais de 70% das mulheres que estão desempenhando tarefas de cuidados, sentiram a demanda com os dependentes aumentar durante a pandemia. Outro dado levantado mostra que 41% das mulheres que seguiram trabalho durante a pandemia com o mesmo salário afirmaram trabalhar mais na quarentena. A maior parcela delas é branca, urbana, concluiu o nível superior e está na faixa dos 30 anos. Ainda conforme a pesquisa 40% das mulheres afirmaram que a pandemia e a situação de isolamento social colocaram a sustentação da casa em risco.
A socióloga e professora do departamento de sociologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Thaís de Souza Lapa, analisa como a pandemia pode trazer retrocessos a luta das mulheres por igualdade. Acompanhe no vídeo a seguir.
*Informações de Greici Siezemel*
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO