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Motoristas de aplicativos começam greve na Capital

É esperado que por volta das 11h, os motoristas estejam em frente a Alesc

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Paulo Henrique/SCC SBT
Foto: Paulo Henrique/SCC SBT

Por: Paulo Henrique e Beatriz Agnes

Na manhã desta segunda-feira (15), por volta das 8h30, os motoristas de aplicativos iniciaram a greve no trapiche da Beira-Mar Norte, em protesto contra a defasagem dos repasses do valor da corrida pelas empresas.

A manifestação vai até a Beira-Mar Continental. Após, irão até a frente do escritório da Uber no Estreito, e em seguida até a Alesc e TICEN. É esperado que por volta das 11h, os motoristas estejam em frente a Alesc.

Sobre a greve

A greve foi organizada pela federação dos motoristas por aplicativo do Brasil – Fembrapp. E é uma manifestação nacional. Segundo a entidade, cerca de 70% dos motoristas de aplicativos em todo o país devem aderir essa reivindicação e desligar os seus celulares, fazendo um apagão do serviço durante 24 horas.

De acordo com os motoristas, desde 2021 os aplicativos possuem a mesma tarifa. Antes era uma dinâmica multiplicadora, onde os valores eram multiplicados por quilômetro. Agora, a dinâmica é chamada “picolé”, onde as tarifas não são multiplicadas, são fixas já no início da corrida.

Florianópolis nesse momento é a nona capital com a tarifa mais barata do Brasil – R$ 1,11 por quilômetro rodado, muitas vezes sendo menor do que isso. A mais barata é em Manaus, à R$ 0,85 por quilômetro rodado. A mais cara é em Belo Horizonte, que paga R$ 1,64 por quilômetro na média.

Segundo a Fembrapp, 60% do valor das corridas é destinado as plataformas, apenas 40% vão para os motoristas.

Na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, no Centro da Capital, os motoristas esperam ser ouvidos pelos parlamentares, na esperança de que novas leis sejam criadas para a proteção dos seus direitos.

Na espera de respostas

O portal SCC10 entrou em contato com a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (AMOBITEC), que informou, por nota, que “respeita o direito de manifestação e informa que as empresas associadas mantêm abertos seus canais de comunicação com os motoristas parceiros, reafirmando a disposição para o diálogo contínuo, de forma a aprimorar a experiência de todos nas plataformas”.

Já a plataforma 99 informou, por meio de nota à Agência Brasil, que tem conversado com os motoristas do aplicativo e que tem programas de apoio à categoria. “Ouvindo e conversando com cerca de 2 mil motoristas todos os meses, a 99 adotou soluções permanentes para incrementar os ganhos no app: foi a primeira plataforma a oferecer a Taxa Garantida, que assegura aos condutores a taxa máxima semanal de até 19,99%”.

O portal SCC10 também tentou contato com a Uber, mas não teve resposta até a última atualização desta matéria.

Greve de motoristas de aplicativos em todo o país

Motoristas de aplicativos como Uber e 99 entraram em greve em todo o Brasil nesta segunda-feira (15), segundo informações da Agência Brasil. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e repasses mais altos nas tarifas das corridas.

A paralisação, estimada para durar 24 horas, é de iniciativa da Federação dos Motoristas Por Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp). As entidades calculam que 70% dos profissionais da categoria em todo o país devem aderir à greve.

O presidente da Amasp, Eduardo Lima de Souza, disse que a paralisação é porque o motorista de aplicativo está recebendo o mesmo desde 2016. “Até hoje, o motorista mantém o valor das corridas ganhando a mesma coisa. O setor automobilístico aumentou suas peças, o valor do veículo, o petróleo teve aumentos consecutivos, e as empresas não acompanharam esse aumento”, explicou.

Outra reivindicação da categoria é com relação ao sistema de cobrança. “De 2019 para cá as empresas mudaram o sistema de cobrança. Antes, você saía da sua casa para ir para o seu trabalho, por exemplo, você sabia que esse valor informado seria o mesmo que você pagaria. Atualmente não é isso mais, e com isso também a taxa cobrada dos motoristas também está sofrendo essa variação. As empresas reajustaram os valores das tarifas para os passageiros, mas não repassou para os motoristas, fazendo com que o valor de uma corrida chegue até 60% de desconto de taxa. Com isso, os motoristas estão trabalhando longas horas, chegando no final do dia com o lucro muito baixo, fazendo com que ele tenha que trabalhar todos os dias”, lamentou.

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