Morte de Olavo de Carvalho para Mourão é como um “desaparecimento”
Vice-presidente evitou a palavra "morte", mas não questionou falecimento do escritor
• Atualizado
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) chamou atenção nesta terça-feira (25) ao se referir à morte do escritor Olavo de Carvalho como “desaparecimento”.
No Twitter, Mourão usou a palavra, que não é sinônimo de falecimento, mas não questionou a veracidade da notícia de que o ideólogo perdeu a vida nos Estados Unidos, na noite de segunda-feira (24). A confirmação da morte foi dada pelo perfil oficial do próprio escritor na mesma rede social em que Mourão se manifestou.
O termo “desaparecimento” era usado por militares na époda da ditadura militar para se referir aos registros de morte. O vice-presidente é general do Exército. Durante os anos de 1964 até 1985, Mourão concluiu o ensino médio, entrou no Exército em 1972 e, em 1975, foi declarado Aspirante a Oficial da Arma de Artilharia, graduando-se em Ciências Militares.
Em um post anterior no Twitter, há o registro de que Mourão prestou condolências ao presidente Jair Bolsonaro (PL) pela morte de sua mãe, Olinda Bolsonaro, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (21). Na ocasião, o vice-presidente utilizou o termo “falecimento” normalmente. A assessoria de imprensa de Mourão não explicou por que o termo foi evitado na postagem mais recente.
A causa da morte de Olavo de Carvalho não foi confirmada. Mas no último dia 15, o escritor havia testado positivo pra Covid-19 e se encontrava afastado das atividades como professor desde então. O ideólogo, que virou referência para o governo Bolsonaro, desdenhava da gravidade da pandemia e questionava a eficácia de vacinas.
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