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Danos materiais e financeiros

Moradores atingidos por rompimento de reservatório da Casan cobram auxílio emergencial

Rompimento completa duas semanas nesta quarta (20)

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: SCC SBT
Foto: SCC SBT

Nesta quarta-feira (20), duas semanas após o reservatório da Casan no bairro Monte Cristo, em Florianópolis, romper e inundar quase 90 casas, moradores afetados pelo desastre ainda aguardam o pagamento dos valores dos bens materiais e financeiros perdidos.

O casal Mara e Henrique Heil são vizinhos do reservatório e perderam dois carros, pertences domésticos, como o gás de cozinha, e materiais de trabalho. A residência da família será parcialmente demolida devido ao ocorrido. Após o rompimento, o casal, ambos autônomos, ficou dias sem trabalhar e precisou gastar com despesas não previstas, como carros de aplicativos, para realizar atividades do dia a dia.

“Estamos sem o básico. Recebemos uma cesta básica, mas e quem perdeu o fogão e o gás, vai fazer o quê? Precisamos que liberem o auxílio emergencial porque as contas estão chegando e não temos como pagá-las, uma vez que não vamos tirar do dinheiro da indenização. A vida está parada”, afirma Mara, que voltou a trabalhar nesta semana. Já o marido ainda permanece em função da demolição de parte das casa da família.

Materiais de trabalho de Henrique foram atingidos pela água e pela lama no rompimento.

Famílias querem auxílio emergencial

Assim como Mara e Carlos, a expectativa das famílias atingidas pelo rompimento do reservatório é de que a Casan pague um auxílio emergencial para que possam se restabelecer. Para isso, a Defensoria Pública do Estado de Santa Catarina (DPE-SC) solicitou que a Companhia pague um auxílio financeiro emergencial. Na tarde de segunda-feira (18) foi realizada uma reunião com a Procuradoria da empresa para tratar da recomendação entregue pelo Núcleo de Defesa do Consumidor e Apoio Civil (NUDECONCI).

A defensora pública Michele do Carmo Lamaison, coordenadora do NUDECONCI, afirma que a Defensoria está tomando todas as medidas a fim de adotar um diálogo com a Casan para que a situação seja resolvida no âmbito administrativo.

“Pretendemos esgotar todas as possibilidades de resolução extrajudicial. Não há dúvida de que é devido o auxílio financeiro emergencial uma vez que essas pessoas estão empobrecendo na medida em que estão utilizando o dinheiro recebido a título de ressarcimento para comprarem itens de primeiras necessidades básicas, como alimentos, remédios, vestuário e transporte. Em hipótese da resposta da Casan ser negativa ao pagamento emergencial, a DPESC poderá ingressar com uma ação coletiva a fim de que seja restabelecido o estado anterior da vida dessas pessoas e elas possam seguir de forma digna”, explica a defensora.

O prazo para a resposta da Casan termina nesta quarta-feira (20). Em nota, a empresa informou que realizou uma reunião com moradores para avançar no atendimento das reivindicações da comunidade. “Como surgiram outras sugestões, as partes concordaram com a criação de uma comissão com a participação de moradores e representantes da Casan para construir juntos soluções para as outras frentes”, pontuou. O primeiro encontro ocorrerá nesta quinta-feira (21).

Entenda o caso

Um reservatório da Casan rompeu, na madrugada do dia 6 de setembro, no bairro Monte Cristo, parte continental de Florianópolis. O bairro Sapé, que fica logo abaixo do local, foi o mais afetado pelo acidente. Diversas famílias precisaram sair de suas casas às pressas durante a madrugada.

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