VÍDEO: “Luzes azuis” voltam a aparecer em mar de SC e biólogo alerta: “pode ser mortal”

Nesta quinta-feira (18), moradores da Praia do Ervino, da Praia do Rosa e de outras regiões litorâneas de Santa Catarina presenciaram um fenômeno marítimo impressionante. As cenas chamaram atenção nas redes sociais pela coloração diferenciada das águas.

O biólogo Paulo Horta explica que essas “luzes” são um fenômeno chamado bioluminescência e acontece através de um grupo de pequenos organismos marinhos que podem produzir esse brilho no escuro. Esse fenômeno pode ocorrer em qualquer região, mas os casos de destaque acontecem na região costeira, quando as ondas quebram nas praias ou nos costões.

O fato desse fenômeno estar sendo observado significa que esse organismo está em grande concentração e está passando por um processo de floração, segundo o profissional. Já em relação às cores, Paulo comenta que ela é tipicamente azul, mas pode ser amarela, roxa ou vermelha.

“No fundo do mar, a bioluminescência é utilizada como uma vantagem para ajudar os organismos a encontrar alimento, auxiliar na reprodução ou, como é o caso das algas bioluminescentes, servir como defesa”, explica.

Apesar da beleza desse fênomeno, as pessoas devem ter cuidado com ele. O biólogo diz que o contato pode ser mortal. Ele afirma que não há registros de problemas no Brasil, mas em outros países é recomendado não nadar, apenas chegar perto.

“As algas bioluminescentes, podem produzir ou ocorrer com outras que podem causar efeitos para a saúde humana. O contato direto pode causar irritação de pele, por exemplo. Por precaução os cães também devem evitar contato”, recomenda.

Assista aos vídeos:

Como ela é produzida?

“A bioluminescência é a luz produzida por uma reação química de organismos marinhos que são importantes “plantinhas” microscópicas. Este fenômeno é também observado em outros grupos, como animais marinhos, desde bactérias e águas-vivas até crustáceos e estrelas do mar. Boa parte dos animais que vivem em ambientes profundos são bioluminescentes”, disse Paulo Horta

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