Moradores afetados por enxurrada na Lagoa da Conceição aguardam respostas da Casan

Os moradores da Lagoa da Conceição afetados pelo rompimento da lagoa de evapoinfiltração cobram um posicionamento da Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) sobre o pagamento do auxílio para recuperação das moradias atingidas.

A Casan havia informado que realizaria um adiantamento emergencial de até R$ 10 mil, na quinta-feira (28). Entretanto, a Associação de Moradores da Lagoa da Conceição afirma que, até o momento, os atingidos pelo desastre não receberam o valor. Além disso, expõe que representantes da Casan não compareceram a uma reunião marcada para às 14h dessa terça-feira (2), para dialogar com os moradores afetados.

Com isso, os moradores realizaram uma assembleia às 16h, também na terça, para conversar em grupo sobre o edital apresentado pela Casan e suas cláusulas, e assim, tomar decisões em relação ao que deve ser feito. “Os moradores que estavam presentes, a grande maioria entre as vítimas, entenderam que o edital não dava conta de vários aspectos relacionados à reparação dos danos morais, dos danos à saúde e em relação ao tempo de trabalho perdido por todos. Assim, decidiram que seria necessária uma reunião em que realmente a Casan estivesse presente para que fosse reafirmado o acordo da primeira reunião com a devida retificação do edital ou, então, com a sua completa anulação”, afirma Amanda Nicoleit, presidente da Associação de Moradores.

“O edital fala em desastre natural, o que não é o caso já que é um crime ambiental. O termo de quitação tanto parcial quanto total nos impede de entrar com outros processos judiciais relativos a outros danos que não estejam previstos no edital, principalmente relacionado à danos materiais. Além disso, a análise das indenizações ficaria por conta da Casan, sendo que a Casan foi a culpada pelo crime ambiental”.

Amanda Nicoleit

Levando em consideração os pontos expostos, a Associação apresentou reivindicações para a presidente da Casan, Roberta Maas dos Anjos. Os moradores solicitaram a anulação do edital e a construção de um novo documento elaborado por uma comissão mista entre moradores e técnicos da Casan. Também foi solicitada a aprovação imediata de um auxílio emergencial para as famílias atingidas que não tivesse ligação com a indenização patrimonial futura.

Procurada pela reportagem, a Casan informou que “Quanto a reuniões, não houve agendamento com a Companhia. Na segunda-feira foram feitos telefonemas buscando informações sobre quem forma a comissão, que moradores ela representa e quais os pleitos deste grupo. Na terça-feira a CASAN oficializou estas questões por e-mail.”

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Nota da Casan

A CASAN reforça que o Edital tem o objetivo de antecipar recursos de até R$ 10 mil para que os moradores possam fazer os primeiros movimentos de retorno a suas casas. E estão sendo concluídas as vistorias para fins de ressarcimento dos danos totais.

O Adiantamento Emergencial não cria qualquer barreira de acesso posterior à Justiça, caso o morador assim considere. Já foram depositados 15 pagamentos emergenciais na conta bancária de moradores.

Quanto a reuniões, não houve agendamento com a Companhia. Na segunda-feira foram feitos telefonemas buscando informações sobre quem forma a comissão, que moradores ela representa e quais os pleitos deste grupo. Na terça-feira a CASAN oficializou estas questões por e-mail.

A CASAN lembra que desde o dia do acidente assumiu suas responsabilidades sociais, providenciando limpeza e recuperação inicial do local atingido, hospedagens e outras ações de acolhimento e atendimento às famílias, assim como cadastramento, vistorias e avaliação do patrimônio afetado para agilizar o ressarcimento de danos.

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Confira a reportagem do SBT News:

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