Leão-marinho resgatado em Florianópolis tinha bala de arma de fogo alojada na cabeça
O leão-marinho media 2 metros e 90 centímetros e pesava 225 quilos.
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O leão-marinho-do-Sul (Otaria flavescens), resgatado no Canal da Barra da Lagoa, em Florianópolis, na tarde de quarta-feira (14), veio a óbito na manhã desta quinta. O animal, um macho adulto, estava extremamente magro. Os resultados dos exames apontam que ele estava anêmico, desidratado, com sinais sugestivos de pneumonia e infecção. Durante o exame necroscópico foi encontrado uma bala (projétil) de arma de fogo.
De acordo com a presidente da R3 Animal e coordenadora do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS/Florianópolis), Cristiane Kolesnikovas, os exames de sangue detectaram que o mamífero estava com hipoglicemia e elevação de glóbulos brancos. “Isso é um indicativo de infecção no organismo”, explica.
O leão-marinho media 2 metros e 90 centímetros e pesava 225 quilos. A idade poderá ser descoberta examinando os dentes do indivíduo, que foram coletados para análise. Além disso, foram coletadas amostras de órgãos durante a necropsia para auxiliar na identificação dos motivos da debilidade e possível causa que levou o animal a óbito. Independentemente do resultado, o projétil alojado na cabeça pode ter contribuído para o estado de debilidade geral do animal.
O leão-marinho foi avistado por moradores no Canal da Barra da Lagoa, que acionaram a R3 Animal por meio do PMP-BS. Uma força tarefa foi montada para resgatar o animal e transportá-lo até o Centro de Pesquisa, Reabilitação de Animais Marinhos (CePRAM). Durante a contenção e o cerco do animal, já era possível notar que ele estava com movimentos letárgicos e quase não reagia à presença da equipe.
Ainda na quarta-feira, o pinípede foi hidratado e medicado. Mesmo com todos os esforços da equipe, o leão-marinho acabou morrendo
Os leões-marinhos que costumam aparecer em nossa região, durante o inverno, na maioria das vezes, são adultos e subadultos. Estes animais são oriundos de colônias reprodutivas do Uruguai e Argentina. Porém, desde 2019 já era possível observar grupos de até 12 animais em costões da Ilha de Santa Catarina.
No Rio grande do Sul, existem grupos de leões-marinhos que habitam os Refúgios de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos, em Torres, e do Molhe Leste, em Rio Grande, duas unidades de conservação dedicadas a resguardar o descanso e alimentação destes animais.
Eles vivem entre 18 e 20 anos na natureza, as fêmeas podem atingir o tamanho 2 metros e 20 centímetros e pesar 150 quilos, enquanto os machos, podem medir mais de 2 metros e meio de comprimento e pesar cerca de 350 quilos.
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