Japão deve despejar no mar água contaminada de Fukushima nos próximos meses; entenda
Antes da liberação, no entanto, o governo deverá receber um "relatório abrangente" da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), contendo detalhes sobre a segurança do processo
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Autoridades japonesas anunciaram, nesta sexta-feira (13), que o despejo da água da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico será realizado nos próximos meses. A decisão acontece pouco tempo após o governo aprovar a liberação do líquido, que foi contaminado em 2011, após um acidente nuclear causado por um terremoto e um tsunami.
Segundo o secretário-chefe do gabinete japonês, Hirokazu Matsuno, para o despejo, a água está sendo tratada para remover a maioria dos materiais radioativos. Antes da liberação, no entanto, o governo deverá receber um “relatório abrangente” da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), contendo detalhes sobre a segurança do processo.
As águas residuais em Fukushima estão armazenadas em mais de mil tanques que, conforme as autoridades, precisam ser desocupados e removidos para que a usina seja desativada – um processo que deve levar de 30 a 40 anos. O plano é que a água seja despejada gradualmente no oceano por meio de um túnel.
Apesar de estar sendo tratada, a Tokyo Electric Power (Tepco), operadora do despejo, afirmou que a água continua com trítio – uma forma radioativa natural de hidrogênio -, mas que a quantidade não resultará em impactos significativos. O cenário, no entanto, continua preocupando a população, bem como autoridades e organizações de meio ambiente.
“O Japão está quebrando o compromisso a que seus líderes chegaram quando realizamos nossa cúpula de alto nível em 2021. Foi acordado que teríamos acesso a todas as evidências científicas independentes e verificáveis antes que essa quitação ocorresse. Infelizmente, o Japão não tem cooperado”, disse o secretário-geral do Fórum das Ilhas do Pacífico, Henry Puna.
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