Influência humana está em 80% dos estudos de mudanças climáticas
Os estudos incluíram, por exemplo, análises de ondas de calor na Índia, tufões na Ásia, inundações em Bangladesh, secas e queimadas nos Estados Unidos e no Brasil
• Atualizado
Uma análise feita pelo site Carbon Brief mostra que 80% dos estudos sobre mudanças climáticas extremas, realizados na última década, apontam para influência humana. Segundo a revisão, 71% dos eventos foram considerados mais prováveis ou mais intensos em razão da crise climática – como ondas de calor, secas e tempestades -, e 9%, menos severos, como nevascas.
Os estudos incluíram, por exemplo, análises de ondas de calor na Índia, tufões na Ásia, inundações em Bangladesh, secas e queimadas nos Estados Unidos e no Brasil. A análise indicou que as altas temperaturas foram as mais influenciadas pela ação humana, presente em 93% dos 152 estudos referentes ao tema, 56% em 126 documentos envolvendo chuvas ou inundações e 68% em 81 textos sobre secas.
Com isso, os autores descobriram que cerca de 75% dos “extremos quentes diários moderados sobre a terra” e 18% dos “extremos moderados de precipitação diária sobre a terra” eram atribuíveis ao aumento da temperatura (1,1ºC) observado desde os tempos pré-industriais. O cenário se deu em meio à alta da emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.
“A atribuição pode preencher a lacuna identificada pelos estudos entre um entendimento geral de que a mudança climática induzida pelo homem tem muitos impactos negativos e fornece evidências concretas do papel das mudanças climáticas em um local específico para um evento extremo específico que já levou ou levará a danos”, diz a anáise.
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