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Tristeza

Golfinho é encontrado morto na Praia da Joaquina em Florianópolis

O exame necroscópico indicou que a morte do animal pode ter sido provocada por um forte impacto na cabeça

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Foto Lucas Pedroso/ Divulgação
Foto: Foto Lucas Pedroso/ Divulgação

Um golfinho-nariz-de-garrafa encalhou já morto na Praia da Joaquina, no início da manhã desta quarta-feira (22). O mamífero marinho foi encontrado pelo Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos que fazem o monitoramento diário da área. O exame necroscópico indicou que a morte do animal pode ter sido provocada por um forte impacto na cabeça.

O mamífero marinho foi levado para o Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos, e identificado como sendo uma fêmea, medindo 2,65 metros de comprimento e pesava 232,5 quilos, apresentava marcas de interação com outros animais. Durante a necropsia, foi possível constatar que o golfinho estava com bom escore corporal e que se alimentava bem antes da morte, pois foram encontrados vários peixes no conteúdo estomacal.

O que chamou a atenção da equipe, foi um grande hematoma na região muscular pericranial (que reveste o crânio) e uma congestão encefálica. “Sugere-se que o animal veio a óbito em decorrência do trauma no sistema nervoso central causado por um forte impacto”, explica a médica veterinária Janaina Rocha Lorenço.

Tanto o resgate como a necropsia foram realizados por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), executado pela R3 Animal em Florianópolis.

Sobre a espécie

Tursiops truncatus é a espécie de golfinho mais conhecida e é bastante comum na região. O cetáceo vive em águas tropicais e temperadas de todo o planeta. Seu rostro (bico) é curto e grosso, o que lhe dá o nome popular de “nariz de garrafa”. Também é conhecido como boto-da-tainha.

Pode atingir entre 2,5 a 3,5 metros de comprimento e pesar entre 200 a 500 quilos. Alimenta-se de peixes, polvos e crustáceos. Uma das principais causas de morte é a interação com atividades humanas, como por exemplo: a pesca incidental (bycatch), a degradação do habitat e a poluição.

Diariamente, as equipes monitoram as praias entre a Praia da Solidão e a Brava em busca de animais marinhos mortos ou debilitados, exceto a Lagoinha do Leste, monitorada a pé semanalmente. As outras praias da Ilha são atendidas via acionamento pelo telefone 0800 642 3341, das 7h às 17h.

O CePRAM/R3 Animal fica localizado no Parque Estadual do Rio Vermelho, unidade de conservação sob responsabilidade do Instituto do Meio Ambiente (IMA-SC), em parceria com a Polícia Militar Ambiental.

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos.

O objetivo do PMP-BS é avaliar possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos encontrados mortos.

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