Desmatamento na Amazônia cresce 123% em novembro, diz INPE
Área desmatada chegou a 555 km², segundo pior resultado desde o início da série histórica
• Atualizado
O desmatamento na Amazônia, em novembro de 2022, aumentou 123% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do sistema Deter-B, do INPE, divulgados nesta sexta-feira (9). Foram um total de 555 km² de destruição.
Esse é o segundo pior resultado da série histórica, iniciada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais em 2015. O recorde é de 2020, segundo ano do governo Bolsonaro, quando a área desmatada em novembro chegou a 563 km².
Segundo o Observatório do Clima, coalizão de organizações da sociedade civil brasileira para discutir mudanças climáticas, o município com maior área desmatada nos últimos quatro meses foi Lábrea, no Amazonas. A cidade fica no eixo da BR-319 (Manaus-Porto Velho), obra dos tempos de ditadura militar que o governo Bolsonaro retomou e que corta o maior bloco de florestas intactas do bioma. Ainda conforme a organização, “a licença prévia para o asfaltamento da rodovia foi concedida em junho, atropelando pareceres de técnicos do próprio Ibama”.
Para o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, o aumento no desmatamento da Amazônia afasta o Brasil do resto do mundo.
“Esse resultado chega três dias depois da aprovação da regulação europeia contra o desmatamento importado. Os números nos deixam mais distantes de nos ajustar à nova lei, prejudicando o agronegócio brasileiro e a imagem do país no exterior”.
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