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GRAVÍSSIMO

Crise climática: Marina Silva alerta o fim do Pantanal

A ministra afirma que esta é a pior seca dos últimos 40 anos e que crise climática pode acabar com o Pantanal até o fim do século.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Reprodução/ Senado Federal
Foto: Reprodução/ Senado Federal

Durante audiência pública na Comissão de Meio Ambiente (CMA) no Senado, nesta quarta-feira (04), a ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, voltou a alertar sobre o avanço da crise climática e exemplificou com o fim do bioma do Pantanal.

Segundo ela, se nada for feito, as altas temperaturas, associadas ao fenômeno de baixa precipitação, vão continuar causando queimadas pelo país, o que pode gerar grandes perdas da biodiversidade.

“Se continuar o mesmo fenômeno em relação ao Pantanal, o diagnóstico é de que poderemos perder o Pantanal até o fim deste século. Isso tem um nome: baixa precipitação, alto processo de evapotranspiração, não conseguindo alcançar a cota de cheia, nem dos rios, nem da planície alagada. Portanto, a cada ano se vai perdendo cobertura vegetal. Seja em função de desmatamento ou de queimadas”, disse Marina.

A ministra foi convidada a dar esclarecimentos sobre as ações do governo federal frente à escalada de queimadas e incêndios florestais em biomas, principalmente em regiões da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal.

Marina defendeu a criação de um marco regulatório de emergência climática pelo Congresso. A ideia foi apoiada pela senadora Leila Barros (PDT-DF), presidente da Comissão. Leila enfatizou que as queimadas que devastam o Brasil atualmente são um reflexo da emergência climática e das ações criminosas.

Qual o impacto das queimadas

Apenas em agosto deste ano, foram identificados 68,3 mil focos de queimadas, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o que representa um aumento de 144% em comparação com o mesmo período do ano passado.

A ministra afirma que o cenário é resultado da crise climática, escassez hídrica e a pior seca dos últimos 40 anos.

“Estamos vivendo sob um novo normal que vai exigir do poder público capacidade de dar resposta que nem sabemos como vão se desdobrar daqui para a frente. Somos cobrados para que se faça investimento que são retro alimentadores do fogo”, disse.

O aumento também é fruto das queimadas criminosas. Na Amazônia, 27% dos incêndios florestais estão em áreas de atividade agropecuária e 41% em áreas de vegetação não florestal. Além disso, aproximadamente 85% dos incêndios ocorrem em propriedades privadas e 15% em terras indígenas ou unidades de conservação.

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