Baleia-jubarte morta encalha em praia de Florianópolis

Neste sábado (17), uma baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae), que havia sido vista boiando sem vida na última sexta-feira (16), encalhou na Praia Mole, em Florianópolis.

Segundo a Associação R3 Animal, a baleia passou por exame necroscópico e foi enterrada pela manhã. Devido ao avançado estágio de decomposição do animal, não foi possível identificar a possível causa da morte. Pelos registros feitos em 2021, esta é a nona baleia-jubarte encontrada morta em Florianópolis neste ano, sendo a 26ª em Santa Catarina.

De acordo com a médica veterinária Cristiane Kolesnikovas, presidente da R3 Animal e coordenadora do PMP-BS/Florianópolis, não foram encontrados sinais de interação com petrechos de pesca no mamífero marinho, que era uma fêmea juvenil, com nove metros de comprimento e idade entre 2 e 3 anos.

A operação para o exame necroscópico e o enterro da baleia-jubarte foi feita pela equipe de técnicos, biólogos e veterinários da R3 Animal/PMP-BS que tiveram o auxílio de voluntários, da Polícia Militar Ambiental e da Intendência da Prefeitura de Florianópolis da Lagoa da Conceição, que cedeu uma máquina retroescavadeira.

Baleia-jubarte é vista presa em rede de pesca na Barra da Lagoa

Migração anual

O ano de 2021 tem registrado uma grande ocorrência de baleias-jubarte no litoral de Santa Catarina. Entre os animais dessa espécie localizados no Estado, 26 deles estavam mortos. Entre as nove baleias vistas mortas em Florianópolis, cinco delas tinham interação com petrechos de pesca. Segundo registros do Projeto Baleia Jubarte, essa é a 71ª baleia-jubarte morta no país em 2021.

As baleias-jubarte migram para o litoral brasileiro para se reproduzir, mas a principal área de concentração é o Banco dos Abrolhos, uma extensão da plataforma continental localizada no sul da Bahia e norte do Espírito Santo.

Elas podem atingir cerca de 16 metros de comprimento e pesar entre 35 a 40 toneladas. Se alimentam basicamente de pequenos crustáceos chamados de krills, filtrando água através das barbatanas (placas de queratina que descem do céu da boca).

A recomendação para as embarcações é que, ao presenciar uma baleia viva no litoral, sigam a legislação e mantenham uma distância mínima de 100 metros do animal, evitando interromper o deslocamento das baleias.

Caso a população aviste um mamífero, ave ou tartaruga marinha debilitada ou morta na praia, é orientado ligar para o telefone 0800 642 3341, das 7h às 17h.

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