Manaus decreta situação de emergência por causa da seca do Rio Negro
Dos 62 municípios do estado, 18 estão em situação de emergência
• Atualizado
A prefeitura de Manaus decretou, na quinta-feira (28) situação de emergência na cidade por causa da vazante do Rio Negro. O decreto foi assinado pelo prefeito David Almeida e terá a validade de 90 dias. Dos 62 municípios do estado, 18 estão em situação de emergência, 5 em atenção e 38 em alerta.
Por conta da seca, cidades registram morte de peixes, botos e outras espécies aquáticas. Autazes, Iranduba, Manacapuru e Tefé são alguns dos municípios onde houve a morte de animais. A diminuição do volume de água e a alta incidência solar contribuem para a morte dos animais.
E o problema não reflete só na natureza, a estiagem também afeta a rotina de cerca de 400 estudantes da zona rural do estado. Na Comunidade Indígena Nova Esperança, há duas horas do centro de Manaus, os alunos iam às escolas por meio de embarcações e agora, a única forma de chegar às salas de aula é por meio de ônibus escolar, mas todos os dias o cenário muda. Conforme a água do rio baixa, o trajeto fica ainda maior. Hoje, as crianças levam cerca de 40 minutos para chegar e antes da seca o percurso era de 15 minutos. O vai e vem das águas dita o calendário escolar nas comunidades ribeirinhas. As aulas começam em janeiro e vão até outubro na zona rural. O ano letivo é intenso, sem sábados, nem férias.
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O Governo Federal anunciou que vai liberar R$ 141 milhões em recursos para o Amazonas. O governador do estado, Wilson Lima, se reuniu, na terça-feira (26), em Brasília, com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, para definir a criação de uma força-tarefa para reforçar as ações de enfrentamento dos impactos da estiagem no Amazonas. O Governo Federal também se comprometeu com o envio de itens como cestas básicas e água. O Ministério do Meio Ambiente garantiu que vai intensificar o combate aos incêndios, reforçando o trabalho de bombeiros militares e brigadistas que já atuam no estado, principalmente no sul do Amazonas.
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