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Apuração

Major trans da PMSC vê preconceito em avaliação por “capacidade moral e profissional”; veja a entrevista

A Major conversou com a equipe do SCC SBT

• Atualizado

Redação

Por Redação

Imagens: Eloizio Ferreira / SCC SBT
Imagens: Eloizio Ferreira / SCC SBT

com informações de Stefanie Damazio

A primeira oficial transsexual da Polícia Militar de Santa Catarina está sendo investigada pela corporação por um suposto comportamento inadequado.

Na última segunda-feira, o governador Jorginho Mello determinou a constituição de um conselho de militares que vai avaliar a servidora e sua “capacidade moral e profissional”.

Veja a entrevista com a Major

Vídeo: SCC SBT

A major diz que desconhece qualquer conduta que justifique a abertura do procedimento.

“Então, a gente ainda não foi intimada da abertura do processo, então não sei exatamente o conteúdo, mas o que a gente conseguiu levantar até agora é que não tem uma conduta específica. A capacidade moral é algo batente subjetivo, não consigo imaginar o que está sendo discutido”, relata a Major Lumen Muller Lohn.

A oficial Lumen Muller Lohn faz parte da corporação desde 1998 e começou o processo de transição de gênero em setembro do ano passado. Ela atua hoje como Chefe da Secretaria e Divisão Administrativa na Diretoria de Saúde e Promoção Social. De acordo com o ato publicado nesta semana, três tenentes-coronéis serão responsáveis pelas avaliações da profissional.

Apesar de a questão de gênero não estar explícita no processo, a policial acredita que esteja sendo vítima de preconceito. “É muito claro para mim”, diz a major.

A Polícia Militar de Santa Catarina disse que o procedimento foi aberto em dezembro de 2022 e que só foi comunicada da transição de gênero em 23 de janeiro de 2023, depois da abertura do conselho de justificação. O processo tramita em sigilo e o prazo para conclusão é de 30 dias.

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