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Bloqueio

Luciano Hang tem todas as redes sociais bloqueadas: “Querem me calar”

Luciano Hang teve todas as suas redes sociais bloqueadas, que juntas somavam mais de 12 milhões de seguidores

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Após ter o Instagram bloqueado, outras redes sociais do empresário Luciano Hang foram bloqueadas nesta quinta-feira (25).

Hang teve as contas do Twitter, com mais de 835 mil seguidores e do YouTube com 351 mil inscritos bloqueadas.

O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal pediu o bloqueio do perfil e das contas bancárias do empresário, após suspeitas de que ele participasse de um grupo que trocava mensagens sobre ameaças de um golpe e ataque a democracia. O grupo de WhatsApp foi revelado por reportagem do site Metrópoles.

Juntas as redes somavam mais de 12 milhões de seguidores. A conta bancária do empresário também foi bloqueada.

“Isso é um ataque à democracia e à liberdade de pensamento e de opinião. Comecei a me manifestar politicamente porque eu não aguentava mais todos os desmandos desse país. Querem me calar. Mas eu sou a voz de milhões de brasileiros de norte a sul do Brasil. Me calando, calam a voz de todos que se sentem representados por mim. Tenho certeza que tudo foi arquitetado para derrubar as minhas redes sociais para prejudicar o presidente Bolsonaro”, afirma o empresário.

Conforme a nota divulgada pela assessoria de Hang, ele acredita que o bloqueio tenha relação com o período eleitoral.

Luciano diz que não está envolvido em um plano de golpe contra a democracia. “Eu nunca arquitetei golpe algum. Sou um defensor da liberdade e da democracia. Em minhas redes sociais, sempre passei mensagens de otimismo, empreendedorismo, economia e minha visão política. É um absurdo um cidadão não poder nem mais falar o que pensa, nem em um grupo entre amigos ou família no WhatsApp. Onde já se viu um ativista político não poder se manifestar sobre política. Vivemos tempos sombrios no nosso país, onde um lado pode tudo, tem toda a grande imprensa a favor e o outro nada pode. Estamos sendo perseguidos e censurados como bandidos. Isso não é democracia, é ditadura”, finaliza.


Entenda o caso: Moraes determina buscas em endereços de empresários

A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (23) mandados de busca e apreensão em endereços de empresários que teriam compartilhado mensagens em que defendiam um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula vença as eleições deste ano.

As ordens de busca e apreensão são do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Não há mandados de prisão. As buscas ocorrem em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

São alvos os empresários Luciano Hang, da Havan, Meyer Joseph Nigri, dono da Tecnisa, Afrânio Barreira Filho, do Coco Bambu, Ivan Wrobel, da W3 Engenharia, José Isaac Peres, dono da rede Multiplan, José Koury, dono do Barra World Shopping, Luiz André Tissot, do Grupo Serra e Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii.

Todos são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Alguns deles já são alvos de processos no STF, sob condução de Moraes. O caso das ameaças de golpe foi revelado pelo site Metrópoles.

O empresário Luciano Hang informou que estava “trabalhando em sua empresa, às 6h da manhã, quando a Polícia Federal o abordou e recolheu seu telefone celular”.

“Sigo tranquilo, pois estou ao lado da verdade e com a consciência limpa. Desde que me tornei ativista político prego a democracia e a liberdade de pensamento e expressão, para que tenhamos um país mais justo e livre para todos os brasileiros. Faço parte de um grupo de 250 empresários, de diversas correntes políticas, e cada um tem o seu ponto de vista. Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião. Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu nunca, em momento algum falei sobre golpe ou sobre STF”, explicou Hang.

A defesa de Marco Aurélio Raymundo (Morongo), da Mormaii informou que “o Morongo foi contatado hoje pela Polícia Federal, ainda desconhece o inteiro teor do inquérito, mas se colocou e segue à disposição de todas autoridades para esclarecimentos”.

O SBT News tenta contato com os empresários. O espaço segue aberto para manifestações.

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