Justiça condena a 76 anos grupo que cobrava dívidas por meio de violência
Uns dos métodos eram ligações anônimas, disparos de arma de fogo contra a fachada do estabelecimento e até mesmo envio de coroa de flores fúnebre
• Atualizado
O juízo da Vara Criminal da comarca de Brusque condenou quatro integrantes de um grupo envolvido em um esquema de cobrança, mediante emprego de violência ou grave ameaça, a empresários de diversas comarcas no Vale do Itajaí. Os métodos violentos de cobrança – ligações anônimas, disparos de arma de fogo contra a fachada do estabelecimento e residências das vítimas e até mesmo o envio de uma coroa de flores fúnebre – foram registrados entre 2009 e 2010.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina, o grupo criminoso composto de um segurança, um empresário, um motorista, um vigia, um bombeiro militar e três policiais militares realizava as coações e as extorsões. As vítimas, dois proprietários de uma empresa têxtil, teriam uma dívida de R$ 140 mil referente à compra de cargas de plumas de algodão.
Conforme relatório de investigação policial, o bombeiro e os policiais não foram indiciados em virtude do determinado na Portaria n. 04/2017, da Corregedoria da Polícia Civil, que transfere para a Justiça Militar o julgamento de militares que cometerem crimes contra civis.
Os demais réus foram condenados pelos crimes de extorsão mediante concurso de duas ou mais pessoas e com emprego de arma de fogo (por pelo menos quatro vezes) e associação criminosa armada. Juntos, os quatro réus foram condenados a 76 anos. As penas variam de um ano e seis meses a 23 anos e seis meses.
A decisão foi prolatada neste mês (13/1) pelo juiz Edemar Leopoldo Schlösser e é passível de recurso (Autos n. 0001835- 88.2016.8.24.0011/SC).
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