Investidora holandesa compra controle total do iFood por R$ 9,4 bilhões
Empresa é avaliada em até R$ 28 bilhões
• Atualizado
O grupo de investimentos holandês Prosus declarou nesta sexta-feira (19) que vai pagar 1,5 bilhão de euros — R$ 9,4 bilhões na cotação atual —, em dinheiro mais valor adicional de até 300 milhões de euros à Just Eat pela parte das ações restantes do iFood.
O acordo envolve a aquisição de 33% da empresa e, com isso, a Prosus, torna-se o principal controlador do iFood. A empresa já detinha 67% do capital do serviço de delivery por meio da holding de aplicativos Movile.
A Prosus já tem participaçõs em empresas locais como a fintech Creditas, o serviço de classificados OLX e a Kovi, que é um serviço de carros por assinatura. Além disso, a companhia holandesa também é a maior acionista da Tencent, empresa chinesa de midias sociais e games, que possui o aplicativo WeChat, que é semelhante ao WhatsApp.
O grupo holandes avalia o iFood entre 4,5 bilhões e 5,4 bilhões ou na cotação atual, entre R$ 22,7 bilhões e R$ 27,30 bilhões.
“Em um ambiente cada vez mais competitivo, o investimento da Movile reforça que seguimos no caminho certo e que estamos fazendo a diferença como empresa brasileira de tecnologia referência em delivery online na global e em impacto no ecossistema”, diz a empresa em comunicado oficial.
O iFood recebeu o primeiro aporte em 2013 e atualmente o serviço detém 80% do mercado brasileiro de entrega de refeições prontas, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Com o aportes de aproximadamente US$ 2,1 bilhões vindos da Warehouse e da Innova Capital, o iFood tonrou-se um unicórnio brasileiro — ou seja, uma startup que tem valor superior a US$ 1 bilhão.
Segundo a empresa de delivery, eles contam com uma base de 40 milhões de consumidores, 330 mil estabelecimentos cadastrados, como restaurantes, bares e mercados e 200 mil entregadores. O serviço alcança 1.700 cidades brasileiras, atendendo 70 milhões de pedidos por mês.
No ano fiscal da Prosus, encerrado em março deste ano, a holding de investimentos acumulou US$ 6,86 bilhões, crescendo 34,5% diante do resultado do ano passado. O prejuízo operacional foi de US$ 860 milhões em 2022 contra a perda de US$ 1 bilhão em 2021.
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