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Mudanças

Instagram e Facebook vão acabar no Brasil? Meta anuncia mudanças

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, empresa responsável pelo Instagram, Facebook e Threads, informou que haverá mudanças nas plataformas

• Atualizado

Beatriz Agnes

Por Beatriz Agnes

Meta anuncia mudanças no Instagram e Facebook | Foto: Reprodução/Redes Sociais/Canva
Meta anuncia mudanças no Instagram e Facebook | Foto: Reprodução/Redes Sociais/Canva

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, empresa responsável pelo Instagram, Facebook e Threads, informou nesta terça-feira (08) que haverá mudanças nas plataformas.

A novidade é o fim do sistema de checagem de fatos que será substituído por “Notas da Comunidade”. “É hora de voltar às nossas raízes em torno da liberdade de expressão. Estamos substituindo os verificadores de fatos por Notas da Comunidade, simplificando nossas políticas e focando em reduzir erros. Ansioso pelo próximo capítulo”, disse Zuckerberg.

O novo recurso de “Notas da Comunidade” é semelhante ao X (antigo Twitter). A atualização começará nos Estados Unidos (EUA).

Nas web, os internautas já estão comentando sobre as mudanças, supondo que ocorra a mesma situação que houve com a rede social X (antigo Twitter) em agosto de 2024, quando a mesma ficou suspensa no Brasil.

Instagram e Facebook vão acabar?

Não há nenhuma confirmação se o Instagram e Facebook vão acabar no Brasil. Segundo informações do SBT News, o Ministério Público Federal (MPF) vai enviar ofícios para verificar se as novas regras apresentadas pela Meta, serão implementadas no Brasil.

O órgão brasileiro quer saber se a Meta Brasil vai aderir à mudança. Os ofícios serão encaminhados dentro do inquérito civil que apura desde 2021 a responsabilidade das big techs nos conteúdos postados por usuários e tem a Meta como um dos alvos.

O comentarista político do Portal SCC10 e SCC SBT, Roberto Azevedo, comentou sobre o assunto que está ganhando destaque; confira:

“O que devemos considerar, em primeiro lugar, é que tanto Mark Zuckerberg (Meta: Facebook e Instagram), quanto Elon Musk (X, antigo Twitter), estão menos interessados em uma cruzada pela democracia do que no crescimento dos negócios que possuem. A proposta de enfrentar governos e instituições democráticas não preocupa só o Brasil, mas países da Ásia e da União Europeia, que debatem, neste momento, a interferência das ferramentas das redes sociais na soberania das nações”, disse Roberto Azevedo.

“Se posicionar diferente em relação à fiscalização prévia do que alimenta o discurso de ódio, de gênero e racial nas redes sociais, tornou os dois empresários das chamadas Big Techs propagandistas da ausência de controle. O que eles não avaliam e não têm interesse em fazê-lo é que esta suposta liberdade nas publicações tende a mudar de figura caso fomente crimes ou levantes, ataques contra a individualidade dos indivíduos ou contra a honra dos mesmos, que também são usuários das redes sociais”, concluiu.

Relembre o caso do X (antigo Twitter)

Após disputa entre Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, o empresário anunciou o fechamento do escritório no Brasil. Mesmo com o fechamento, a priori, a plataforma iria seguir operando no país.

Segundo informações do SBT News, o anúncio foi feito no dia 17 de agosto, com a justificativa por parte do bilionário de que o X estava sendo censurado. Cerca de 40 pessoas que ainda trabalhavam no escritório foram demitidas, com o argumento de evitar que fossem presas.

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, emitiu no dia 28 de agosto uma intimação que dava um prazo de 24 horas para que o bilionário Elon Musk, indicasse um representante legal no Brasil. Caso contrário, a plataforma poderia ser suspensa no país.

No dia 30 de agosto, o X foi suspenso no Brasil. A decisão do ministro foi tornada pública por volta das 16h40. Em outubro, a rede social voltou a funcionar após decisão do ministro Alexandre de Moraes, que reverteu o bloqueio depois que a empresa cumpriu os requisitos necessários para funcionar no país, incluindo o pagamento de R$ 28,6 milhões em multa.

O que diz Mark Zuckerberg?

“É hora de voltar às nossas raízes em torno da liberdade de expressão. Estamos substituindo os verificadores de fatos por Notas da Comunidade, simplificando nossas políticas e focando em reduzir erros. Ansioso pelo próximo capítulo”, disse Zuckerberg.

“Comecei a construir uma rede social para dar voz às pessoas.”, disse. “Fiz um discurso em Georgetown há 5 anos sobre a importância de proteger a liberdade de expressão e ainda acredito nisso hoje, mas muita coisa aconteceu nos últimos anos. Tem havido um debate generalizado sobre os danos potenciais do conteúdo online. Os governos e os meios de comunicação tradicionais têm pressionado para censurar cada vez mais. Muito disso é claramente político, mas também há muitas coisas legitimamente más por aí, como drogas, terrorismo, exploração infantil, são coisas que levamos muito a sério e quero ter a certeza de que as tratamos com responsabilidade”, explicou.

“Vamos voltar às nossas raízes e concentrar-nos na redução de erros, na simplificação das nossas políticas e na restauração da liberdade de expressão nas nossas plataformas”, comentou.

Quais são as mudanças da Meta?

  1. Fim da checagem de fatos;
  2. Facilitar políticas de conteúdo;
  3. Nova abordagem para aplicação de políticas;
  4. Volta do conteúdo cívico;
  5. Confiança e segurança e moderação de conteúdo;
  6. Proteger a liberdade de expressão em todo o mundo.

Zuckerberg e Trump

O CEO e o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, vão trabalhar juntos.

“Vamos trabalhar com o presidente Trump para pressionar os governos de todo o mundo, que visam perseguir empresas americanas e pressionando para implementar mais censura”, afirmou o CEO.

>> Para mais notícias, siga o SCC10 no BlueSkyInstagramThreadsTwitter e Facebook.

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