‘Igual bandida’: ex-miss de SC é deportada após flagra com remédio ilegal nos EUA
Francielly diz que terá que esperar cinco anos até poder fazer um novo visto
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A influenciadora digital e ex-miss Brasil 2017, Francielly Ouriques, de 32 anos, foi deportada e presa em Chicago, nos Estados Unidos no último dia 10 de abril. A ex-miss é natural de São José, na Grande Florianópolis.
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Em entrevista ao SCC, Francielly comenta sobre os momentos vividos desde a chegada no aeroporto até a saída da prisão. “Cheguei na imigração e me perguntaram se eu tinha algo ilícito na bagagem. Eu disse que não. Aí me mandaram para uma sala, fizeram uma revista por raio-x e perguntaram se eu me responsabilizaria por todos os itens dentro das malas e eu disse que sim.”
Remédio ilegal nos EUA encontrado
Em uma das malas da influenciadora, os agentes do aeroporto encontraram o remédio ‘Tramal’, analgésico para alívio de dor forte. “Ele me perguntou se eu sabia que aquele remédio era ilegal, aí eu disse que não, pois se soubesse eu não iria ter ele, né”, relata. Na sequência, os agentes continuaram as perguntas sobre tudo que a influenciadora iria fazer no país, e ela respondendo conforme as perguntas.
Telefone confiscado
Francielly relata que depois de meia hora de perguntas e revistas, o celular dela foi confiscado e que os agentes informaram que ela não teria direito a nada, apenas sentar e esperar. Junto de outras pessoas, com a mesma situação, a ex-miss esperou por cerca de cinco horas. Quando voltaram da inspeção no celular, informaram que ela era uma ‘ameaça aos Estados Unidos’
“Me chamaram para um interrogatório, eu entrei na sala, somente eu e dois oficiais, um que falava inglês e um outro que falava um portunhol – que foi ele que traduzia todas as perguntas para mim – e ali eles já me entregaram uma folha falando que eu era suspeita de trabalhos ilegais, uma ameaça aos Estados Unidos e que provavelmente eu seria deportada.”
Ex-miss deportada e presa
Depois do interrogatório, Francielly foi informada que seria presa até o horário do vôo de deportação para o Brasil. “Eles me direcionaram para uma cela de três metros quadrados, onde tinha um banco, um colchonete, uma privada e uma pia. Ali eles me deram um blanket (lençol de plástico), uma garrafa de água e uma alimentação daquelas de caixa o dia inteiro. Fiquei das 7h até as 21h só com essa alimentação.”
Vergonha e deboche
Ao sair da cela, a ex-miss relata momentos de vergonha e deboche: “um oficial, me buscou, me levou de camburão para o avião, eu subi na escada externa do avião, ali ele [um oficial] estava com o meu passaporte, na frente de todas as pessoas do voo, ele fez questão de falar alto que eu estava sendo deportada e que o meu passaporte estava retido, que o comissário só poderia me entregar em solo brasileiro.”
Em contato com a Polícia Federal, Francielly disse que não poderá solicitar o visto novamente pelo prazo de cinco anos, pois fica com o nome bloqueado.
Nas redes sociais, Francielly Ouriques compartilhou os momentos de horror:
A equipe de reportagem do SCC procurou a Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) no Brasil para explicações sobre o caso e recebeu a seguinte resposta: “Por política do governo dos Estados Unidos, não comentamos sobre casos individuais de visto.”
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