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Processo seletivo

IBGE abre seletiva para recenseadores após desistências

Há uma falta de 20 mil pessoas em 17 estados brasileiros para realizar o censo

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: reprodução
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) abriu novo processo seletivo para suprir a falta de mais de 20 mil recenseadores em 17 estados brasileiros. Muitos agentes contratados têm desistido do trabalho por dificuldades como a violência.

Na primeira tentativa, ninguém. Na segunda, até atendem a porta, mas nada de entrevista porque o dono do imóvel não está. Os recenseadores ganham por produtividade. Devem cumprir, no mínimo, 25 horas semanais. Tempo que é insuficiente para a Andrina Leão coletar as informações. “Pela falta de conhecimento né? De saber, de confundir até o trabalho, a pesquisa do IBGE do censo com política. As pessoas pensam que a gente tá fazendo pesquisa de votos, não é isso”, explica.                   

Qualquer morador acima de 18 anos pode responder ao questionário do censo. Se não tiver ninguém em casa ou se quem estiver não puder ou não quiser responder na hora, os recenseadores são orientados a voltar em uma mesma residência no mínimo, quatro vezes. A partir daí, o supervisor pode ser acionado para que outras formas de contato com os moradores sejam tentadas.

Outra barreira é a violência. Há relatos de roubos dos equipamentos e objetos pessoais dos trabalhadores. Segundo o coordenador técnico do censo no Pará, Luiz Cláudio Martins, este é um dos motivos para a desistência de muitos recenseadores. Tanto que o IBGE abriu novamente, até 29 de agosto, o processo seletivo. No Pará, o instituto fez parceria com a Secretaria de Segurança Pública para prevenir crimes. “Nós vamos até os batalhões da Polícia Militar e pedimos apoio, né? Maior presença, uma maior ostensão da polícia nesses locais”, afirma Martins. 

Recenseadores também reclamaram de atraso no pagamento em alguns estados. O IBGE informou que o problema já está sendo resolvido.  Apesar dos desafios, Andrina nem pensa em largar a função: “É uma pesquisa que é feita de 10 em 10 anos, né? Então ela é necessária porque o IBGE tá aí pra mostrar os dados, disponibilizar à população pras políticas públicas também, então todas essas informações elas são importantes”.

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