Greve dos servidores municipais em Florianópolis é ilegal, decide Justiça
Justiça determinou imediato restabelecimento integral dos serviços públicos
• Atualizado
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina determinou o imediato restabelecimento integral dos serviços públicos municipais em Florianópolis na tarde desta quarta-feira (31). Os servidores da Prefeitura de Florianópolis entraram em greve após decisão em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (SINTRASEM) na tarde de terça-feira (30).
Leia Mais
Com a decisão, a prefeitura já pode descontar dias parados dos servidores que não estiverem trabalhando. Na decisão desta quarta, o juiz Sérgio Roberto Baasch Luz, ordena, também, que os sindicalistas mantenham distância de qualquer imóvel público e que o descumprimento da medida acarretará em multa diária de R$ 100 mil. O SINTRASEM informou que não foi notificado da decisão.
“A administração municipal vai acompanhar o movimento nesta quinta-feira e, caso necessário, tomará medidas como a contratação de profissionais temporários na saúde e antecipação das férias escolares na educação”, informou a Prefeitura.
Negociações
Nas negociações entre executivo e sindicato, a administração municipal informou que propôs o aumento real por parte de 6% no salário e mais 6% no vale-alimentação, além de uma gratificação aos auxiliares de sala, o que resultaria em um aumento total de 17% no salário. “A proposta foi negada pelo Sintrasem, mesmo estando acima da média de ajuste salarial nacional”, disse em nota a Prefeitura.
Já o SINTRASEM alega que a prefeitura “não apresentou uma resposta que atenda as reivindicações dos trabalhadores”. O sindicato também criticou a terceirização da administração de unidades de saúde.
SINTRASEM mantém greve após justiça decidir por ilegalidade
O Sindicato dos Servidores Municipais de Florianópolis (Sintrasem) deve seguir com a greve mesmo após o Tribunal de Justiça de Santa Catarina determinar o imediato restabelecimento integral dos serviços.
De acordo com a Procuradoria de Florianópolis, a decisão judicial pode até ser contestada, mas jamais descumprida.
Veja o vídeo
“Há um caminho de anarquia, onde decisões judiciais são ignoradas completamente, debochando do poder judiciário e da população de Florianópolis”, disse o procurador Ubiraci Farias, que pretende informar o juiz sobre a afronta do sindicato.
Confira a reportagem:
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Twitter, Instagram e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO