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Luto

Golfinho ameaçado de extinção morre após 43 dias de tratamento em SC

O animal, que foi chamado de "Valentino", tinha apenas algumas semanas de vida

• Atualizado

Redação

Por Redação

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação

Um filhote de toninha, uma espécie de golfinho ameaçada de extinção no Atlântico Sul, foi resgatado nas areias da Praia do Moçambique, em Florianópolis, pela equipe da Associação R3 Animal, como parte do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). O animal, que foi chamado de “Valentino”, tinha apenas algumas semanas de vida e foi encontrado com 78 cm e 5,4 kg.

Durante 43 dias, o filhote recebeu cuidados intensivos, incluindo alimentação a cada 45 minutos, exames médicos, tratamento de lesões e monitoramento constante. Apesar de todos os esforços, Valentino não resistiu e morreu no dia 5 de janeiro. A equipe agora realizará exames para investigar as causas da morte.

Toninhas são animais muito sensíveis e, no caso de um filhote, o tratamento é ainda mais desafiador. “É uma espécie bastante frágil e sensível ao estresse. Por se tratar de um filhote recém-nascido, a probabilidade de sobreviver fora do seu ambiente é baixa. A reabilitação é sempre um desafio nessas condições”, explicou Emanuel Ferreira, Gerente Operacional do PMP-BS/R3 Animal.

Toninhas ameaçadas de extinção

As toninhas são pequenas e discretas, habitando águas costeiras do Brasil, Uruguai e Argentina. Elas estão ameaçadas principalmente devido à interação com atividades pesqueiras, como capturas acidentais. A espécie é considerada ameaçada de extinção no Brasil, conforme o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, do ICMBio. Em 2024, o PMP-BS/R3 Animal registrou 33 golfinhos encalhados mortos nas praias de Florianópolis, sendo 70% deles toninhas, como Valentino.

Esses animais, muitas vezes, encalham devido à morte da mãe ou outros fatores. “O encalhe pode ter diversas causas. A mãe pode ter ficado presa em uma rede de pesca, uma das principais ameaças à espécie, ou o filhote pode ter se perdido por outros motivos. Sem a mãe, ele não consegue sobreviver sozinho”, explicou Thais Carneiro, veterinária da R3 Animal.

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