Entenda como funciona o para-raio do prédio mais alto da América Latina em SC
Empresa explica como funciona a estrutura do para-raio do prédio mais alto da América Latina
• Atualizado
Um vídeo gravado no início de janeiro, durante uma tempestade em Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina, viralizou nas redes sociais. A gravação mostra um raio atingindo o ponto mais alto do One Tower, residencial mais alto da América Latina, assinado pela FG Empreendimentos.
No vídeo é possível ver o momento exato que o raio atinge o para-raios no pináculo empreendimento, e o que chama a atenção é o tempo que leva até o trovão ser ouvido.
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O engenheiro Rafael Morato explica que muitas pessoas imaginam que um para-raios seja um sistema que atrai os raios, quando, na verdade, ele é um sistema que cria um caminho preferencial de baixa impedância para que o raio possa passar sem causar danos à estrutura e aos equipamentos.
“Quando o One Tower foi construído sabíamos que se tornaria um alvo preferencial para descargas atmosféricas, uma vez que se sobressai em altura aos empreendimentos circunvizinhos. Nesse contexto, não é apenas uma opção ter um sistema eficiente, mas sim uma necessidade intrínseca para um empreendimento desse porte. Sempre tivemos certeza de que ocorreriam descargas, e coube à nossa engenharia determinar esses pontos preferenciais, garantindo o funcionamento adequado e a tranquilidade dos moradores”, pontua o engenheiro da FG.
O sistema de proteção contra descargas atmosféricas utilizado no One Tower é do tipo estrutural, envolvendo a utilização de descidas através dos pilares do empreendimento para conduzir a descarga ao solo e criar uma gaiola de proteção para os usuários. Um prédio como esse possui uma fundação estrutural robusta, sendo a melhor forma de dissipação dessa energia.
O engenheiro responsável pelo projeto, Cesar Ricardo Câmara da Silva, complementa: “Além disso, nossa fachada envidraçada possui uma estrutura totalmente equipotencializada com esse sistema, favorecendo também a condução em descargas parciais e laterais, que podem ocorrer como derivações da descarga principal”.
A construtora catarinense é uma das empresas que mais investe em tecnologia construtiva no país, contribuindo também para o desenvolvimento do segmento no Brasil.
Veja o vídeo
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