Emprego doméstico tem maior nível de contratações desde o início da pandemia
Brasil tinha mais de 5 milhões de trabalhadores domésticos até o segundo trimestre deste ano
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Em junho de 2020, 3 meses depois do início da pandemia de covid-19, a Helena foi dispensada da cada onde trabalhava na capital paulista. Ela conta que o motivo foi o medo dos patrões de serem contaminados. Nos últimos dois anos, ela viveu de bicos, até que, nesta semana, voltou a ter carteira assinada.
“Agora eu estou aliviada. Muito melhor, agora sou outra pessoa, trabalhando feliz”, desabafa a doméstica Helena Cristina da Silva.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a Pnad, do segundo trimestre deste ano, o número de trabalhadores domésticos, como babás, faxineiras e cozinheiras, bateu a marca de 5 milhões e 850 mil pessoas em atividade no país, o maior patamar desde a pandemia.
Os dados, compilados por uma consultoria especializada em recrutamento e seleção de empregados domésticos, mostram uma de queda de 51%, nos dois últimos anos, e uma retomada de 62%, a partir do segundo trimestre de 2022.
Desde o trimestre de 2020, 1,4 milhão de empregos foram recuperados no setor. “Com a retomada da economia após a vacinação em massa, as pessoas começaram a retomar as contratações, principalmente, também no mercado doméstico, né”, explica o pesquisador do IDados, Guilherme Hirata.
O estudo considerou tanto empregadas domésticas com carteira assinada como as que são diaristas. O reflexo dessa mudança pode ser sentido nas agências que contratam esses profissionais.
“Antes da pandemia, quando a gente soltava anúncio, vinham mais ou menos 500 candidatas em um dia. Hoje, vem no máximo 3”, destaca a proprietária de uma agência de empregos especializada no setor, Camila Pansica.
Depois de um período praticamente parada, a Helena agora pode escolher. “Muito bom, maravilhoso!”
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