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Preocupante

Em 24 horas, mina em Maceió afunda mais 5,7 cm

Defesa Civil mantém alerta para risco de colapso

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Reprodução, via SBT News
Foto: Reprodução, via SBT News

A Defesa Civil de Maceió (AL) informou, nesta sexta-feira (08), que o afundamento acumulado do solo do bairro do Mutange, onde a petroquímica Braskem extraía sal-gema, atingiu 2,06 metros e a velocidade do afundamento é de 0,23 centímetro (cm) por hora. Foram 5,7 cm nas últimas 24h.

Diante da situação, o órgão da prefeitura municipal manteve o estado de alerta para risco de colapso da mina número 18, que está na região do antigo campo do time Centro Sportivo Alagoano (CSA).

“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, afirmou o órgão

Técnicos do Ministério de Minas e Energia (MME), do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e da Agência Nacional de Mineração (ANM), que compõem a sala de situação do governo federal, também estão na capital alagoana para análises diárias a partir dos dados sísmicos da área afetada obtidos pelas Defesas Civis estadual e municipal e pela petroquímica Braskem, que acompanham o local em tempo integral. 

No relatório mais recente, os especialistas da sala de situação avaliam que o “quadro de instabilidade geológica em Maceió (AL) está em acomodação” e que está melhorando diariamente. No entanto, a Sala de Situação recomenda cautela máxima na região e monitoramento integral. 

A figura mostra as áreas de criticidade 00, de onde foram retirados os moradores, e as de criticidade 01, onde é realizado o monitoramento

O que está acontecendo em Maceió?

O problema, que começou em 2018, já obrigou o deslocamento de mais de 55 mil moradores de pelo menos cinco bairros. Isso porque, parte do subsolo de Maceió foi perfurado pela petroquímica Braskem para a extração de sal-gema, um mineral usado na fabricação de cloro, soda cáustica e bicarbonato de sódio, mas que também serve de componente para a indústria farmacêutica, de higiene e limpeza, de celulose e têxtil, assim como no tratamento de água.

Após o surgimento dos primeiros sinais de colapso do solo, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão ligado ao governo federal, apontou que a exploração de sal-gema em uma região onde existiam falhas geológicas provocaram a instabilidade no solo.

A Braskem informou, por meio de nota, que “continua tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências” e segue colaborando com as autoridades competentes.

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