Em 2024, uma pessoa morreu em acidentes aéreos no Brasil a cada 57 horas
Maior número registrado em dez anos
• Atualizado
Em 2024, uma pessoa morreu em acidentes aéreos no Brasil a cada 57 horas, totalizando 148 vítimas fatais — o maior número registrado em dez anos, segundo o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
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Dois acidentes recentes ilustram essa tragédia: em junho, a queda do voo 2283 da Voepass deixou 62 mortos em Vinhedo, São Paulo.
No último final de semana, um avião caiu em Gramado, no Rio Grande do Sul, causando a morte de dez pessoas da mesma família.
De acordo com o comandante Décio Corrêa, presidente da Associação Brasileira de Formação Aeronáutica (Abefaer), os acidentes aéreos geralmente resultam de uma combinação de fatores.
“Cerca de 85% dos acidentes têm como principal fator contribuinte a falha do próprio piloto”, afirmou ele, destacando causas como imperícia, negligência, condições meteorológicas adversas, falhas mecânicas e manutenção inadequada.
Corrêa explicou que a imperícia ocorre quando o piloto não está preparado para lidar com situações específicas.
“Por exemplo, alguém acostumado a voar uma aeronave monomotor pode não ter experiência suficiente para operar um bimotor”, disse.
Já a negligência está relacionada ao não cumprimento de protocolos essenciais. “O piloto pode pular etapas críticas, como o checklist completo, comprometendo a segurança do voo”, completou.
Embora os números alarmem, o comandante ressalta que a aviação está se tornando mais segura com o tempo.
O aumento na frota de aeronaves, no entanto, não tem sido acompanhado por melhorias proporcionais no treinamento dos pilotos, um fator que exige atenção imediata para evitar tragédias futuras.
*As informações são do SBT News.
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