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crescimento moderado

Em 2022 o crescimento da indústria automobilística será moderado

Segundo Anfavea, falta de componentes eletrônicos ainda deverá afetar cadeia de produção

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Imagem Ilustrativa. Foto: Pixabay (banco de imagens)
Imagem Ilustrativa. Foto: Pixabay (banco de imagens)

A indústria automobilística deve ter crescimento moderado em 2022, ainda com dificuldades na cadeia global de produção, reflexo da pandemia de covid-19. É o que aponta a Associação Nacional de Fabricantes de Autoveículos (Anfavea), que prevê uma alta de 9,4% para o setor. 

Um dos motivos apontados pela entidade é a falta de semicondutores, ou seja, componentes eletrônicos para a produção dos automóveis. A expectativa é de que a escassez seja menor do que foi em 2021, mas esse ainda será um problema para este ano, sobretudo no primeiro semestre. 

A projeção também leva em conta uma retração no crescimento por conta do impacto de questões relacionadas ao financiamento, ou seja, às condições de aquisição de veículos. Além disso, ainda existe a fragilidade do mercado de trabalho e as consequências econômicas geradas pela instabilidade da pandemia.

“Esperamos que, na crise sanitária, a gente não tenha novas variantes e que realmente possamos confirmar nossa expectativa de que a pandemia vai ficar controlada até o fim do ano. Por conta dessas premissas, a gente prevê esse crescimento moderado, porque é um ano desafiador ainda, tanto na produção como na questão de juros e financiamento”, explica o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.

Para Moraes, há também a expectativa de que o preço dos automóveis suba. Isso porque, segundo ele, a indústria automobilística leva em conta o contexto global de produção. Ou seja, uma volatilidade no câmbio, por exemplo, pode impactar no valor final dos veículos.

“Mas com certeza a gente tem preocupação, porque o consumidor também tem limites para absorver parte desse aumento”, pondera. 

IPVA  

De acordo com o presidente da entidade, o mundo já deixou de produzir 10 milhões de veículos por causa da falta de semicondutores. No Brasil, mais de 300 mil veículos deixaram de ser produzidos pela falta desses componentes. Como consequência, houve um aumento de demanda para veículos seminovos e o preço dos usados também subiu. Tal cenário gera um impacto no Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA). 

“O aumento do preço do veículo usado que está provocando o aumento da base de cálculo do IPVA é uma consequência da pandemia, por conta dessa desorganização da cadeia global de novos. A gente percebeu também que no mercado de usados de todos os países, inclusive dos mais avançados, também houve esse aumento substancial nos veículos usados por conta de maior procura do consumidor que não quis esperar por um o novo”, ressalta Moraes. 

Para ele, uma redução expressiva no valor do imposto só deve ser observada quando houver equilíbrio no mercado automobilístico, o que só deve acontecer em 2023. 

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