‘Não é hora pra discutir’: professora de SC é acusada de aplicar provas racistas para alunos
Além das avaliações com cunho racista, alunos acusam a professora de ofender alunos com necessidades especiais
• Atualizado
Uma professora da rede pública de ensino de São José, na Grande Florianópolis, está sendo denunciada por alunos do terceiro ano do ensino médio, após casos de racismo e importunação. O caso veio à tona após a professora aplicar uma prova com cunho supostamente racista e perguntas desconexas.
Em entrevista ao SCC10, um dos alunos disse que a professora “passa as atividades do nada, querendo induzir a opinião dela nos, e se respondem ‘errado’, é segundo o conceito dela.” O aluno continua dizendo que se eles interrogam a professora sobre o assunto “é sempre uma briga, ela não aceita opinião, nem que discordem ou se recusem a fazer as atividades dela. Ela grita e diz ‘vamos colaborar por favor?’ ‘Só faz’ ‘não, agora não é hora para discutir, quando for dar nota você vê” e “vamos, por favor?”.
O aluno afirma que sempre que existem provas e atividades de cunho supostamente machista, é uma briga, e nas respostas muitos deles colocam apenas ‘sim ou não’, ou entregam a prova sem respostas.
Os casos foram repassados para a direção da Escola de Educação Básica Maria José Barbosa Vieira, conhecida como ‘CEMAJOBA’, e já foram encaminhados à Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e ao Ministério da Educação.
“O que eles podem fazer é conversar e tentar ajudar a professora, mas afastar, demitir, levar judicialmente, só o pessoal da Secretaria de Educação”, afirma o aluno em entrevista.
Alunos protestam contra professora
Na última terça-feira (19), na Mostra Cultural da Consciência Negra, os alunos puxaram um ‘coro’, em forma de protesto, pedindo a saída da professora acusada de aplicar as provas com cunho supostamente racista. No momento, funcionárias da Secretaria de Educação estariam no local.
Além de racismo, outras acusações
O aluno relata ainda que a professora já gritou, empurrou e xingou outros alunos. Uma das situações mais graves teria acontecido com alunos com deficiência, que precisam de atenção especial e estariam sendo tratados com descaso pela professora.
Por meio de nota, a Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Florianópolis lamentou o ocorrido e disse que: “está tomando as medidas cabíveis. Tanto o setor de Ensino quanto o Núcleo de Política de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (NEPRE) da CRE estão acompanhando o caso. A Coordenadoria repudia qualquer tipo de violência ocorrida dentro e fora das escolas estaduais de Santa Catarina.”
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