No Dia Internacional da Educação, ONU faz alerta para as dificuldade de acesso ao ensino

O Dia Internacional da Educação, celebrado em 24 de janeiro, é uma data menos comemorativa e mais de cobrança para vários países ao redor do mundo. O direito à educação, consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos e em constituições de diversas nações, muitas vezes é assegurado somente no papel.  A educação de qualidade, inclusiva e equitativa, que pode ser uma oportunidade para melhorar as condições de vida de uma família, não é garantida para muitas crianças e adolescentes ao redor do mundo. 

Na prática, cerca de 258 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo não têm a oportunidade de ingressar ou concluir a escola. Mais de 617 milhões de crianças e adolescentes não sabem ler e fazer contas básicas e menos de 40% das meninas na África Subsaariana completam o ensino médio. Além de que cerca de quatro milhões de crianças e jovens refugiados estão fora da escola.

Sem educação, a igualdade de gênero e a quebra do ciclo de pobreza se tornam metas inalcançáveis para muitas crianças e adolescentes. Com a covid-19, escolas fechadas, e pouco acesso ao ensino remoto, cerca de 53% das crianças vivem em pobreza de aprendizagem — abandonam a escola e não sabem ler. 

Cerca de 1,6 bilhões de estudantes de escolas e faculdades viram os seus estudos interrompidos no auge da crise que ainda não acabou. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, destaca que o fechamento desses centros de ensino continua a atrapalhar a vida de mais de 31 milhões de alunos, exacerbando uma crise global na aprendizagem.

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