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Educação sexual

Menino encena como se proteger de violência sexual e vídeo repercute em SC

Este vídeo é um projeto de prevenção ao abuso e exploração infantil infantojuvenil, desenvolvido pela professora Shirlei SIlva

• Atualizado

Vitória Farinha

Por Vitória Farinha

Foto: Cedida
Foto: Cedida

A educadora blumenauense Shirlei Silva chamou atenção nas redes sociais após um vídeo ser divulgado onde ela aparece ensinando um aluno do 2º ano do Ensino Fundamental a se defender de um possível abuso sexual. A orientação aconteceu em uma escola de Ibirama, onde atua no seu projeto educacional de prevenção à violência sexual.

Nas imagens, a profissional está encenando com o aluno uma situação que poderia acarretar em violência sexual. Ela pergunta para ele o que deve ser feito quando alguém tentar se aproximar das suas partes íntimas e o garoto afasta a mão da educadora (que está distante do seu corpo) e responde: “não pode encostar nas minhas partes íntimas!’. Shirlei ainda fala: “muito bem! Tem que ser bravo”.

Shirlei reitera a importância da educação sexual nas escolas e percebe que a sociedade tem dificuldades em compreender o objetivo de tratar o tema nas unidades de ensino. Ela ainda explica: “não é para ensinar os alunos a fazerem sexo, e sim para protegerem”. A educadora prevê a necessidade da educação sexual ser uma disciplina da grade do currículo escolar.

Confira o vídeo:

Vídeo: Cedido

Projeto auxilia nas denúncias

Proprietária da Create Educacional, Shirlei desenvolve diversos projetos voltados à infância e adolescência, propõe metodologias específicas para as faixas etárias (da pré-escola ao ensino médio) e os coloca em prática em 11 municípios de Santa Catarina – situados no Vale, Alto Vale e no Litoral catarinense.

Em relação ao projeto de combate à violência sexual, Shirlei observa que houve “um aumento considerável” nos casos de denúncias na cidade. A educadora revela que, durante as oficinas, recebe relatos de diferentes situações onde os seus alunos são vítimas de abusos sexuais e outros crimes semelhantes. Nessas situações, Shirlei sempre orienta à denúncia: “a criança se sente culpada, não sabe como denunciar e não sabe se proteger”.

Para explicar a importância do seu projeto e de ensinar educação sexual para as crianças e adolescentes, Shirlei lembra que Santa Catarina tem a 4ª maior taxa de casos de abuso sexual infantil notificados do país. Os dados são do 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública que registrou, só em 2020, 2.569 crianças e adolescentes vítimas de estupro no Estado.

Os projetos estão apoiados nos pilares de “prevenir, proteger e denunciar”, conta a educadora. Durante a sua atuação nas escolas – que podem ser estaduais, municipais ou privadas -, a educadora também desenvolve rodas de conversas com os pais dos alunos e com os professores.

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