MEC diz que Enem está mantido apesar de exonerações no Inep
Servidores criticaram administração do órgão e citaram assédio moral em reunião
• Atualizado
O Ministério da Educação (MEC) informou nesta segunda-feira (8) que o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 está mantido e não será afetado pela saída de servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela aplicação das provas. Mais cedo, 29 servidores pediram exoneração dos cargos que ocupavam.
De acordo com a pasta, as provas estão com a empresa que será responsável pela aplicação dos exames nos dias 21 e 28 deste mês. O Inep está monitorando a situação para garantir a normalidade do exame, segundo o MEC.
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“Cabe esclarecer que os servidores colocaram à disposição os cargos em comissão ou funções comissionadas das quais são titulares, mas que continuam à disposição para exercer as atribuições dos cargos até o momento da publicação do ato no Diário Oficial da União”, informou o ministério.
Na semana passada, o Inep liberou o cartão de confirmação de inscrição. Estão disponíveis no cartão informações como número de inscrição, data, local, horário das provas e opção por atendimento especializado. O documento não é obrigatório, mas o instituto recomenda que os estudantes levem o cartão nos dias de aplicação do exame.
De acordo com o Inep, 3,1 milhões de inscritos devem fazer o Enem 2021, sendo que cerca de 3 milhões vão realizar provas impressas e 68,8 mil farão a modalidade digital. Os itens das duas versões de avaliação serão idênticos.
Pedido de demissão
Por SBT News
Ao menos 29 funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pediram demissão de seus cargos nesta segunda (8). A saída em massa veio com críticas à administração do órgão, e foi definida a menos de duas semanas da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Em comunicado divulgado pela Associação dos Servidores do Inep (Assinep), os servidores listaram uma série de denúncias e afirmaram ter passado por “assédio moral, desmonte nas diretorias, sobrecarga de trabalho e de funções”. É também informado que os excessos provocaram o pedido de saída de pessoas que ocupavam funções comissionadas.
“As áreas técnicas, e mesmo as chefias, não estão sendo devidamente envolvidas nos processos que dizem respeito às suas unidades, com a exclusão dos agentes competentes em reuniões temáticas. Os Diretores têm atuado sem a autonomia necessária, com a imposição derivada de decisões unilaterais diretamente relacionadas às suas respectivas unidades”, diz trecho do comunicado divulgado pela associação.
Servidores também criticaram os canais de comunicação do Inep, alegando que foram utilizados para “autopromoção da Presidência”, e pedem a saída do atual presidente do Inep, Danilo Dupas, “por ter uma gestão caracterizada por afugentar e oprimir pessoas, o que gera vulnerabilidades aos exames, avaliações, censos e estudos, comprometendo a trajetória exitosa de 85 anos do Inep”.
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