Greve da educação: Governo de SC criará grupo para avaliar descompactação da tabela salarial
De acordo com o Governo de Santa Catarina, se mudar o sistema de descompactação, o Estado passará a gastar R$ 4,6 bi
• Atualizado
Nesta terça-feira (23), professores de escolas estaduais de Santa Catarina entraram em greve. Entre as reinvindicações dos profissionais está a descompactação da tabela salarial do magistério catarinense. Sobre o assunto, o Governo do Estado informou que não poderá avançar nesta questão, uma vez que “já está no limite prudencial de gastos”.
De acordo com o Governo de Santa Catarina, se mudar o sistema de descompactação, o Estado passará a gastar R$ 4,6 bi, o que seria “impraticável”. Contudo, o governo se comprometeu à criar um grupo de trabalho para avaliar a questão, mas quer que os professores voltem ao trabalho enquanto o assunto é discutido.
A descompactação da tabela salarial do magistério refere-se a um processo pelo qual o trabalho dos profissionais da área da educação, como professores e outros servidores ligados à educação, são ajustados de forma para reduzir a diferença salarial entre os diferentes níveis de salários dentro da categoria.
Outro pedido do Sindicato é a isenção do desconto de 14% para aposentados e pensionista. Ao abordar o pedido, o secretário da Administração Vânio Boing frisou que o desconto previdenciário está equacionado até 2026. Segundo o Governo de Santa Catarina, a revisão do auxílio-alimentação já foi realizada e passou de R$ 250 para R$ 550. Durante a coletiva, o Estado informou estar aberto a realizar reuniões com o Sindicato desde que os professores retornem ao trabalho.
O que diz o Sindicato
Em nota, o Sinte afirmou que tem buscado o diálogo com o Governo desde a posse do Governador Jorginho Mello em 2023. “Após várias tentativas sem sucesso de negociação, a assembleia estadual, a primeira de 2024, decidiu pela greve”, informou o sindicato
“Queremos propostas concretas para a categoria. É fundamental que o Governo de Santa Catarina negocie com os trabalhadores e trabalhadoras da educação, não podemos mais esperar”, ressalta o Presidente do Sinte/SC, Evandro Accadrolli.
Entre os pontos em destaque, pautados pela categoria, estão a valorização da carreira, com a aplicação do reajuste do piso salarial em todos os níveis e a descompactação da tabela salarial; a revogação integral do confisco de 14% das aposentadorias; e a garantia de hora atividade para todos os professores dos anos iniciais e segundos professores.
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Twitter, Instagram e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO