Chuva forte faz alunos perderem prova do Enem em Florianópolis
Para chegar nos locais de aplicação do exame, os candidatos tiveram de enfrentar alagamentos.
• Atualizado
A chuva forte e intensa que caiu sobre a Grande Florianópolis foi o maior empecilho para os estudantes que realizam a segunda prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (24). Para chegar nos locais de aplicação do exame, os candidatos tiveram de enfrentar alagamentos. Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde na semana passada alunos tiveram de voltar para casa por conta da lotação das salas acima da capacidade recomendada por conta da pandemia, a dificuldade neste domingo era ter de enfrentar horas de prova com roupas e pés molhados.
“Estou mais preocupada é de ficar horas na sala com essa roupa molhada”, disse Fernanda Souza, 23 anos, que antecipou a saída de casa neste domingo para não enfrentar contratempos na chegada ao local da prova.
Gabriel Gonzaga de Freitas, 27 anos, é um dos candidatos que não conseguiu chegar até a UFSC por conta das chuvas. Morador do bairro Monte Verde, ele passou 45 minutos tentando motoristas de aplicativos até desistir. “Eu dependo de Uber ou ônibus pra ir e não consegui. Os motoristas estão todos cancelando porque não conseguiam chegar até a minha casa. Meu namorado também perdeu a prova.”
Debaixo da chuva intensa, os bueiros não escoam a água, segundo Gabriel. “Meu bairro está sobrecarregado de lixo. Os moradores saíram para a rua, debaixo da chuva, para limpar e liberar o acesso para a água”, diz.
Os trabalhadores da Autarquia de Melhoramentos da Capital (Comcap), responsável pela limpeza pública da cidade, estão de greve desde a segunda-feira, 18, em resposta a uma tentativa de redução de direitos por parte da Prefeitura. Ainda no início da tarde, enquanto a prova começava, a poucos quarteirões da casa do Gabriel, um deslizamento de terra matou duas pessoas.
Os portões foram abertos às 11h30, e fechados às 13 horas. Na UFSC, alunos que não conseguiram chegar a tempo do fechamento dos portões alegaram atraso causado por causa das chuvas que atingem a cidade.
Algumas vias da cidade chegaram a ser interditadas por conta de alagamentos e para chegar ao local de prova alguns candidatos precisaram pegar rotas alternativas.
A Vigilância Sanitária de Florianópolis, que inspecionou os locais de prova na semana passada, informou que não há registros de ocorrências de desrespeito às normas de distanciamento social No primeiro dia de prova, alunos foram barrados nos locais de prova por superlotação das salas. Esses alunos vão realizar as provas em fevereiro.
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