De cocar, papa aconselha bispos a ficarem ao lado dos povos indígenas
Em conversa com bispos da região da Amazônia, Francisco abordou temas como violência e vulnerabilidade em relação as comunidades locais
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Em encontro nesta segunda-feira (20), o Papa Francisco conversou com bispos da região da Amazônia e abordou temas como violência e vulnerabilidade em relação aos povos indígenas. Na ocasião, o pontífice experimentou um cocar e pediu para que as autoridades católicas escutem mais os índios da região.
“Escutem os povos indígenas, escutem as comunidades de base, o Espírito Santo age através dessas pessoas, dos pobres da Igreja, e vocês estão na fronteira, vocês estão com os mais pobres, vocês estão onde eu gostaria de estar”, disse Francisco aos 17 bispos presentes no encontro.
O papa orientou ainda os religiosos a ficarem ao lado dos indígenas e sempre respeitarem a cultura local. Outro recado foi para que os bispos atuem sem medo em relação às violações dos direitos da população indígena. “Peçamos além da fidelidade, a graça da gratidão por podermos exercer na Igreja esse ministério ao serviço das nossas comunidades”, disse.
As mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips no Amazonas, no entanto, não foram mencionadas durante a reunião. Ambos os trabalhadores foram assassinados a tiros na região do Vale do Javari, no município de Atalaia do Norte, enquanto cumpriam um calendário de entrevistas com indígenas.
Na última semana, foi constatado que Bruno e Dom tiveram os corpos queimados e enterrados por cidadãos locais. Até o momento, três pessoas estão presas e outras cinco são procuradas pela morte das vítimas, sendo os irmãos Amarildo Oliveira, o Pelado, e Oseney Oliveira, o Dos Santos, os primeiros a confessar o crime.
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