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Tesouro esquecido

VÍDEO: Sítio arqueológico que guarda história da Capital está abandonado

Moradores que cuidam do local relatam que sítio arqueológico quase virou estacionamento

• Atualizado

Redação

Por Redação

Imagem: Nereu Filho / SCC SBT
Imagem: Nereu Filho / SCC SBT

com informações de Paulo Henrique

No bairro estreito, na Capital, existe um sítio arqueológico que guarda uma parte da história de Florianópolis que está enterrada na área continental. As denúncias de moradores é de que o sítio arqueológico está esquecida pelo poder público.

A equipe do SCC SBT esteve no local e constatou que com uma placa deteriorada em frente ao terreno, é difícil saber que se está em um sítio arqueológico, descoberto há 20 anos. O terreno fica em uma das principais vias do bairro.

Conforme a superintendente do IPHAN Regina Helena Meirelles Santiago explica o que tem no terreno: “ele tem materiais tanto de enterramento, de pedra lascada e vestígios de cerâmica. Fica em dois terrenos, um de propriedade particular e outro da própria prefeitura”.

Veja a reportagem

Vídeo: SCC SBT


Sítio arqueológico quase virou estacionamento

Os irmãos Regina e Luiz Brasil moram desde pequenos ao lado do sítio arqueológico. No terreno deles é onde foi encontrado o primeiro crânio que indicava a presença desses vestígios de antigos povos na área. Mas além de cuidar da história dentro de casa, também precisam cuidar da parte da prefeitura.

Em 2012, a prefeitura, através de secretário, autorizou que uma loja de motos, na época localizada do outro lado da rua, passasse uma máquina no sítio e transformasse em um estacionamento para os clientes. Os proprietários foram pegos de surpresa e precisaram agir de forma rápida para proteger os vestígios arqueológicos.

A situação resultou em uma ação do ministério público federal, em 2018, contra a prefeitura de Florianópolis, o estabelecimento, o secretário e IPHAN, que através de recurso, conseguiu reverter a pena para parcial e ser responsável pelo sítio apenas na parte da fiscalização e não das condições impostas pelo MPF. Na época os réus foram condenados a adotar medidas para proteger o sítio, apresentando projetos de educação e recuperação do patrimônio. Com pena de multa diária no valor de 5.000 reais em caso de descumprimento, tendo o prazo de 60 dias. O conselho de desenvolvimento do continente teve uma reunião com o prefeito e secretários na manhã de hoje, apresentando a situação.

Prefeitura diz que vai limpar o local

A Prefeitura de Florianópolis informou na manhã desta sexta-feira (4), que vai providenciar a limpeza imediata do local na rua Fúlvio Aducci, no estreito. Reforçou ainda que a limpeza será feita regularmente pelas equipes da secretaria municipal de limpeza e manutenção urbana. Apesar de ser dito imediata, a data exata ainda não foi informada, mas foi dito também que haverá primeiro uma visita no local para avaliar essa limpeza.

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