Saberes Ancestrais: a força da tradição no cuidado popular
Em Florianópolis, a cultura de benzer ainda permanece viva mesmo com o passar dos anos
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Estreou no sábado (23) o curta-metragem “Saberes Ancestrais”, que relata as práticas de benzedura em Florianópolis, na sala de cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC). O documentário é dirigido por Gustavo Zinder, da Contexto Filmes.
As benzedeiras, figuras tradicionais e respeitadas nas comunidades brasileiras, têm desempenhado um papel fundamental no cuidado da saúde e no fortalecimento de práticas culturais que remontam a tempos imemoriais. Sua atuação vai além de um simples ritual de cura, sendo uma expressão de saberes ancestrais passados de geração em geração, preservando e transmitindo uma rica herança de conhecimento popular. Ao longo dos séculos, elas se tornaram símbolos de resistência, mantendo vivas as práticas espirituais e de cura no meio de uma sociedade que, muitas vezes, desvaloriza as tradições não acadêmicas de cura.
Em Florianópolis, a cultura de benzer ainda permanece viva mesmo com o passar dos anos e, hoje em dia, enfrentando a barreira do preconceito cada vez mais visto diante da prática.
Dona Sueli, benzedeira e moradora da Barra da Lagoa e, uma das personagens do documentário. Ela relata que atende pessoas de todas as religiões. “A vida é assim, um ajuda o outro. A vida é uma escola e, aprendendo com a vida, vocês precisaram de mim, eu também posso precisar de vocês.”
Perguntada sobre “de onde vem a cura”, Sueli é enfática na resposta, “da fé”.
O documentário, visa unir passado e presente através da espiritualidade e da cultura manézinha perpetuada pelas benzedeiras.
Gustavo Zinder, diretor do curta, ressaltou a importância do interesse popular no assunto. “Vemos que é uma temática bastante relevante, que tem tido uma aceitação muito grande por parte das pessoas, também promovendo a cultura da cidade.”
Com 15 minutos de duração, o projeto que foi entregue ao público no sábado, mostra que o impacto dessa obra não tem limite de tempo e espaço, a benzedura mesmo pelas telas, é levada para casa.
Confira a reportagem do SCC SBT sobre o documentário:
*Texto de Kauan Dalprá, sob supervisão de Kleyton Karlos.
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