Corpo de Elza Soares é velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Sepultamento será às 16h no cemitério Jardim da Saudade
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O velório da cantora Elza Soares acontece nesta sexta-feira (21), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Lenda da música brasileira e mundial, Elza faleceu durante a tarde de quinta (20), aos 91 anos, por causas naturais.
O corpo da artista chegou ao local pela manhã e a cerimônia de despedida foi iniciada por volta das 8h, reservadamente para familiares e amigos. A partir das 10h, o velório será aberto ao público, encerrando-se às 14h.
Posteriormente, o Corpo de Bombeiros da capital carioca fará o translado em cortejo até o cemitério Jardim da Saudade Sulacap, na Zona Oeste da cidade. No local, o velório irá continuar por cerca de uma hora na Capela VIP, restrito aos familiares e amigos. O sepultamento acontecerá às 16h, setor do Cristo Redentor.
Pelas redes sociais, o prefeito da cidade, Eduardo Paes, anunciou luto oficial por três dias pelo falecimento da cantora. O decreto oficial foi publicado no Diário Oficial do Município desta sexta-feira.
Ícone da música brasileira
Elza Soares nasceu, em 23 de junho de 1930, em uma comunidade no Rio de Janeiro – onde atualmente fica a Vila Vintém -, filha do operário Avelino Gomes com a lavadeira Rosária Maria da Conceição. Começou a cantar com o pai, que tocava violão, e, aos 12 anos, foi obrigada por ele a se casar.
Iniciou a vida profissional como encaixotadora em uma fábrica de sabão no Engenho de Dentro, na zona norte da capital fluminense. Sua entrada para o mundo artístico se deu em 1953, quando fez seu primeiro teste no programa de calouros do compositor Ary Barroso, da Rádio Tupi, e ficou em primeiro lugar.
Em 1959, a Rádio Vera Cruz a contratou. Posteriormente, em 1960, participou do Festival Nacional da Bossa Nova. Já em 1963, representou o Brasil na Copa do Mundo, no Chile, depois de terminar seu segundo LP, denominado A Bossa Negra.
Durante sua carreira, Elza também levantou, por diversas vezes, a voz contra o racismo, a violência e o machismo, deixando um legado nos movimentos feminista e negro do país. Em seus últimos shows, a cantora levava a plateia a bradar pelos direitos das mulheres através de trechos de músicas marcantes, inspirada na própria história.
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