Clássicos y clássicos – Versões que deram certo, outra nem tanto

Clássicos y clássicos – Versões que deram certo, outra nem tanto.

Sabe aquela música que você ouvia com seu cantor preferido? Que te fazia lembrar daquele coração partido ou que fazia te lembrar daquele momento inesquecivel. Eis que começa a introdução, seu coração palpita, seu corpo arrepia e quando chega no momento…

– Ué? De quem essa voz?

Versões que deram certo e outras não tanto, você conhece agora.

Detonautas, Leandro e Leonardo

Começamos com, na minha opinião, uma das melhores versões que já se fizeram na história da música brasileira. (tá, eu exagero um pouco)

A mistura de Rock com sertanejo sempre foi uma das grandes tentativas das misturas. Várias bandas tentaram essa alternativa e até duplas. Muitas delas ficaram razoáveis, cito aqui a versão de Jorge e Mateus, da música “amor pra recomeçar” do Frejat, música que ficou bem feita, mas nada de fora do comum.

Agora, no João Rock deste ano, a banda Detonautas basicamente fez uma releitura de Leandro e Leonardo que chega a ser uma obra prima. A banda, já disse em alguma entrevistas que desejava fazer parcerias com artistas de outros gêneros. Desta vez não foi uma parceria e sim uma versão, surpreendente, mas básica. Básica tanto, que conseguiu sair infinitamente melhor que a versão da dupla goiana.

A pegada country, blues, rock, misturadas ao tom mais baixo para o Tico, é digna de abrir um Macallan 15 anos e deixar do repeat eternamente.

Frejat, Zezé Di Camargo e Luciano

Em 2013, a longinquos 11 anos, Frejat se apresentaria na cidade de Divinópolis, no festival Divino Rock. Festival que incluia Nasi, Marcelo Nova, Blitz e o próprio Frejat. O cantor, ex lider da banda Barão Vermelho, decidiu incluir a música, ou talvez o maior hit da história do sertanejo “é o amor” (alias, tu acha que “evidências” é mais hit que “é o amor”?) em seu setlist.

Resultado, sucesso? Não, fracasso! Ao cantarolar as primeiras frases da música, as vaias surgiram e o resultado foi uma rejeição total a versão de Frejat.

Obviamente, após isso, o cantor decidiu tirar a canção de seu setlist e ao se apresentar no Rock In Rio de 2013, dia que tinha Matchbox, Nickelback e Bon Jovi, Frejat não incluiu a música sertaneja e após se apresentar, Zezé postou o que seria uma poesia, em forma de alfinetadinha ao cantor.

Não existe registro das vaias, mas deixo aqui a poesia do sertanejo.

Essa versão não rolou.

Fall Out Boy e Michael Jackson

Ok, entrarei em um vespeiro que talvez eu não deveria. Mas sim, eu acho a versão da Banda Fall Out Boy melhor do que a de original do Deus MJ. A banda de Illinois, liderada por Pete Wentz, oriunda da última fase de surgimento de bandas de rock, os anos 2000, decidiu fazer uma versão de Beat it, no álbum “Live in Phoenix” em 2008.

Mas calma, como fazer uma versão de um dos maiores Hits do pop mundial? (alias, deixo minha pergunta, qual hit é maior? Beat it ou Caneta Azul, do gênio Manoel Gomes?) Dá pra melhorar?

DEU!

Sem se importar com o peso das guitarras e com a voz mais gritada de Stump, se compararmos com MJ, a banda americana tocou o fod*-se e jogou a música lá em cima, gritaram, pesaram as guitarras e deixaram acontecer. E sim, toco em um ponto intocável, pra mim a versão é a melhor do que Michael.

Guetta, Rexha e Eiffel 65

Vamos deixar claro, a versão é ruim? NÃO! A nova pegada que Guetta e Rexha deram é algo revolucionário? Também não. Se eu fosse dar uma palavra para essa versão, eu diria que é preguiçosa. Faça a comparação você mesmo. As composições adicionais dão o diferencial para a canção. Veja bem, diferencial, mas bem preguiçosa.

Originalmente, o grupo italiano lançou a musica em 1999. A música em si, também não é la essas coisas, estamos jogando a régua la em baixo. Mas o hit é brutal. Qual ser humano que estiver em qualquer um dos 4 cantos do planeta (calma, cantos? A terra é plana?) vai reconhecer o hit, pela intro do tecladinho inconfundível.

Quando Guetta entra na parada a gente já imagina que algo grande virá… Não veio.

Segue as duas para a comparação.

Aespa e Leo Santana

O cantor Baiano, surgiu com uma versão do KPOP. Calma, é uma versão feita com inteligencia artificial, que ninguém sabe de quem é a autoria. Santana, chegou interagir com as Sul Coreanas, elas republicaram um vídeo feito por fãs nas redes sociais, ele por consequencia já fez aquele meio campo para uma parceria e estamos a espera dessa união.

Bom, eu não sei o que dizer, apenas descobri que a inteligência artificial pode errar. Afinal essa é uma das versões que deram cert, outras nem tanto. Ouça você mesmo.

Tiago Nacarato, Vinicius e Toquinho

Nacarato é português e decidiu se aventurar no programa The Voice, só que lá na terra do bacalhau.

Sim, você vai ouvir essa música e pensar que ele é brasileiro, mas não. O talento transborda tanto, que por alguns minutos tu chega acreditar que de fato ele é.

A música “onde anda você” é de 1972. E se eu cometi pecados com Michael, tenho que cometer com Vini (sim, tenho certa intimidade com o Moraes). A versão original tem uma pegada mais bolero, com percusão leve e notável. O metal que inicia a canção é bem marcante. No entanto, quando Nacarato, resolve iniciar a musica com um violão de nylon, dá mais leveza ainda. Ao mesmo tempo que a interpretação ficou mais harmoniosa.

Brutal, marcante.

Alcione e Xororó

Não foi bem uma gravação, nenhuma parceria e nem uma versão. Foi isso ai. Eu resolvi até legendar a parte da Alcione.

– parubeia parubeia parubeia, paruberuberube paraubeira viro viro paraube se não posso enganar meu coração

Por hoje é só pessoal.

Na quarta-feira, eu começo uma sessão de novos talentos aqui na coluna e a estreia é com a pianista Mauren Frey.

Até la.

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