Cientistas fazem uma nova descoberta para combater o câncer; entenda
A molécula, presente em um complexo de cobre, apresenta propriedades de ação contra células do câncer a partir da seletividade, capacidade de divisão do DNA e mecanismos associados à morte celular.
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Pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) informaram, na última semana, que descobriram uma molécula inédita que poderá contribuir para o tratamento contra o câncer. A molécula, presente em um complexo de cobre, apresenta propriedades de ação contra células do câncer a partir da seletividade, capacidade de divisão do DNA e mecanismos associados à morte celular.
Segundo o estudo, publicado na revista Scientific Reports, os testes foram realizados em laboratório, a partir de células tumorais de humanos e de camundongos. O complexo de cobre mostrou ser capaz de induzir a produção de espécies reativas de oxigênio nas células tumorais e danificar seu DNA, gerando danos tão severos que as células cancerosas entram em um processo de morte celular programada.
Também foi verificado que o complexo de cobre age mais sobre as células tumorais do que as células saudáveis, sendo seletiva, o que pode diminuir a toxicidade indesejada (efeitos colaterais) e aumentar as chances de cura do câncer.
Os próximos passos, de acordo com os cientistas, será o desenvolvimento de estudos de segunda fase, os quais irão englobar mecanismos de drug delivery, em que a molécula descoberta será colocada dentro de “nanocápsulas”. Isso irá permitir o acoplamento de anticorpos que reconheçam padrões que as células tumorais exibem em sua superfície. Ao ter reconhecido o padrão molecular pelo anticorpo acoplado na nanoestrutura, o medicamento pode ser liberado diretamente nas células tumorais.
A utilização do cobre para desenvolvimento de novos medicamentos contra o câncer vem ganhando destaque entre os pesquisadores, uma vez que o material seja um metal essencial para o funcionamento do organismo humano, sendo indispensável para o funcionamento de enzimas, criação de novos vasos sanguíneos, respiração celular e produção de melanina. Além disso, há uma maior busca por medicamentos quimioterápicos com maior desempenho e seletividade, capazes de diminuir a toxicidade liberada no organismo.
*Com informações da Comunicação/UFU
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