Cidades do Oeste de SC estão entre as melhores para se viver depois dos 60 anos; veja quais
Pesquisa levou em conta dados relacionados à saúde, economia e socioambiental
• Atualizado
Nesta semana, o Instituto de Longevidade lançou a terceira edição do Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL). Com o objetivo de avaliar a capacidade dos municípios em criar as condições adequadas para um envelhecimento saudável e sustentável, o IDL 2023 traz uma grande novidade: pela primeira vez, todos os 5.570 municípios brasileiros foram contemplados.
De acordo com dados levantados pelo IBGE, relacionados ao Censo 2022, a população brasileira está envelhecendo cada vez mais. A previsão é que, em 2050, um a cada quatro brasileiros tenha 60 anos ou mais.
O que é o IDL 2023?
O IDL é um índice criado pelo Instituto de Longevidade com o propósito de acompanhar os indicadores que representam as ofertas de serviços e infraestrutura que atendem a população idosa nos municípios do país.
Em sua primeira edição, lançada em 2017, o IDL avaliou 498 municípios brasileiros nas categorias Cidades Grandes e Cidades Pequenas (50 a 100 mil habitantes). Em 2020, em sua segunda edição, o número de municípios avaliados passou para 876, também nas categorias Cidades Grandes e Cidades Pequenas.
Em sua terceira edição, o IDL 2023 traz uma outra novidade, além do aumento no número de municípios analisados: a criação da categoria Cidades Médias. A criação dessa terceira categoria objetiva preservar certa homogeneidade de características existentes entre cidades com tamanho populacional semelhante.
Para avaliar todos esses municípios, foram definidos 23 indicadores divididos em três variáveis:
Saúde
Os indicadores desta dimensão buscam mensurar os fatores de saúde que afetam a qualidade de vida da população com 60 anos ou mais. São eles:
- Estabelecimentos de saúde;
- Leitos hospitalares;
- Profissionais de saúde;
- Cobertura vacinal;
- Procedimentos ambulatoriais;
- Procedimentos hospitalares;
- Óbitos por doenças infecciosas e parasitárias;
- Óbitos por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas;
- Óbitos por doenças de aparelho circulatório;
- Óbitos por causas externas.
Socioambiental
Os indicadores desta dimensão buscam mensurar os fatores socioambientais que afetam a qualidade de vida da população com 60 anos ou mais. São eles:
- Mortalidade por causas não naturais;
- Carga tributária;
- Engajamento cívico de idosos;
- Relações afetivas;
- Conectividade;
- Aprendizado contínuo entre idosos.
Economia
Os indicadores desta dimensão buscam mensurar os fatores econômicos que afetam a qualidade de vida da população com 60 anos ou mais. São eles:
- Representatividade da população de idosos;
- Longevidade esperada aos 60 anos;
- Produção de riqueza municipal;
- Capacidade de consumo de aposentados;
- Segurança financeira dos idosos;
- Vulnerabilidade social dos idosos;
- Endividamento municipal.
Veja quais são as melhores cidades para envelhecer de acordo com o IDL 2023
Cidades Grandes
Por concentrar os níveis mais altos de riqueza e de população, as cidades grandes acabam tendo bons resultados nos índices de desenvolvimento socioeconômico. No entanto, isso não significa que não tenham desafios a enfrentar, principalmente em decorrência das grandes concentrações urbanas.
No IDL 2023, são consideradas cidades grandes aquelas com mais de 100 mil habitantes.
1º lugar: São Caetano do Sul/SP
São Caetano do Sul ocupa novamente o topo do IDL, se destacando por ter a 3ª maior expectativa de vida aos 60 anos e a 2ª maior população de pessoas maiores de 60 anos em sua categoria.
Em relação à variável Saúde, a cidade conquistou o 8º lugar no número de leitos hospitalares, é a 5ª cidade com o maior número de profissionais com nível superior e a 2ª com o maior número de procedimentos hospitalares realizados.
2º lugar: Vitória/ES
Vitória saiu do 39º lugar em 2020 para o top 3 da categoria em 2023, conquistando o 1º lugar das cidades com a maior expectativa de vida aos 60 anos.
Seu desempenho em Saúde também se destaca, garantindo o 3º lugar em menor número de óbitos de idosos por doenças infecciosas e parasitárias, 3º lugar em menor número de óbitos de idosos por doenças do aparelho circulatório e 4º lugar em maior número de profissionais de nível superior.
3º lugar: Santos/SP
Presente no top 5 das Cidades Grandes desde 2017, Santos agora conquistou a 3ª posição. A cidade se destaca na variável Economia, com a maior população 60+, a 3ª menor parcela de idosos beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e a 24ª maior capacidade de consumo de idosos.
Cidades Médias
Nova categoria do IDL 2023, aqui foram avaliados 674 municípios com número de habitantes variando entre 34.850 e 99.999.
1º lugar: São Lourenço/MG
São Lourenço está posicionado em 1º lugar na categoria Cidades Médias e ganha destaque em alguns indicadores: 18º município com maior número de pessoas idosas, 9º lugar em maior número de estabelecimentos de saúde e 32º lugar em maior número de profissionais de saúde de nível superior.
Na dimensão Socioambiental também apresenta bons números, conquistando o 47º lugar de número de matrículas no ensino superior de pessoas acima dos 60 anos e é a 13ª cidade com menor número de óbitos por causas não naturais.
2º lugar: Gramado/RS
Gramado obteve bons números na dimensão Economia, como a 59ª cidade com o melhor PIB per capita e a 5ª menor colocação em baixa vulnerabilidade social de idosos. Em Saúde, é a 48º cidade com maior número de profissionais com nível superior e a 7ª melhor em estabelecimentos de saúde.
3º lugar: São Miguel do Oeste/SC
São Miguel do Oeste subiu muito no ranking de 2020 para 2023 e chegou no 3º lugar de Cidades Médias. A cidade catarinense se destacou por bons resultados principalmente na dimensão Saúde. Ficou em 25º lugar em baixo número de óbitos em idosos por doenças circulatórias e 45º lugar em óbitos por doenças metabólicas e nutricionais. Em Economia, o destaque ficou para a 39ª cidade com a maior proporção de beneficiários do INSS entre o total dos 60+.
Cidades Pequenas
Com as mudanças ocorridas no IDL 2023, agora cidades com menos de 34 mil habitantes também entraram no ranking, ocasionando um aumento no número total de municípios avaliados. Na categoria Cidades Pequenas, 4.570 foram analisadas. O destaque desta categoria vai para os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que ocuparam as cinco primeiras posições no ranking.
1º lugar: Peritiba/SC
Peritiba apresenta bons resultados na dimensão Saúde, sendo a 28ª cidade com o maior número de leitos, a 56ª com o maior número de procedimentos hospitalares, a 142ª com o maior número de estabelecimentos de saúde e a 160ª com o maior número de procedimentos ambulatórios. Em Economia, tem a 33ª maior população de idosos.
2º lugar: Rodeio Bonito/RS
Rodeio Bonito também mostra um bom desempenho na dimensão Saúde. A cidade é a 46ª com maior número de procedimentos ambulatórios, a 59ª com maior número de leitos e a 67ª com maior número de estabelecimentos de saúde.
Em Economia, ficou em 51º lugar em expectativa de vida aos 60 anos e em 95º lugar em maior número de beneficiários por aposentadoria pelo INSS como proporção do total de 60+ da população.
3º lugar: Dois Lajeados/RD
Dois Lajeados se destaca na dimensão Saúde conquistando a 15ª posição em maior número de leitos hospitalares, 34ª em maior número de procedimentos ambulatoriais e 79ª em maior número de estabelecimentos de saúde. Em Economia, a cidade se destaca como a 99ª com maior quantidade de idosos e a 114ª com maior segurança financeira dos idosos.
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