China registra menor número de casamentos desde 1986
Cenário coloca em risco taxa de natalidade, que também vem diminuindo nos últimos anos
• Atualizado
A China registrou, em 2021, o menor número de casamentos desde 1986. Segundo dados do Ministério de Assuntos Civis, foram contabilizadas 7,6 milhões de uniões civis no período, cifra 6,1% menor em relação à de 2020. Essa é a oitava queda consecutiva nas taxas de casamentos no país.
A quantidade de uniões preocupa as autoridades do país, uma vez que a nova geração está optando cada vez mais por não se casar ou não ter filhos, o que impacta, diretamente, o crescimento populacional. Em apenas seis anos, por exemplo, o número de casamentos chineses caiu 41%, de 23,8 milhões, em 2013, para 13,9 milhões, em 2019.
Segundo especialistas, o custo de vida e as mudanças culturais dificultam o desejo dos habitantes de ter mais filhos. O cenário é preocupante, uma vez que o crescimento da taxa de natalidade é primordial para manter mais pessoas no mercado de trabalho e financiar pensões e serviços de saúde aos idosos.
Os esforços para aumentar o número de recém-nascidos vêm desde 2016, quando o governo aboliu a política do filho único, que estava em vigor há mais de 30 anos. As medidas começaram a ser reforçadas no ano passado, quando o país passou a permitir três filhos por casal e anunciou novos benefícios para as famílias.
No último mês, a China anunciou um novo pacote de benefícios para incentivar as famílias a terem mais filhos e recuperar a taxa de natalidade. As diretrizes políticas englobam um maior investimento com a saúde reprodutiva e serviços de assistência infantil.
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