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Demissão coletiva

‘Chegamos ao limite’ afirma ex-coordenadora da UTI Pediátrica do HRO

Seis dos oito médicos da UTI Pediátrica do Hospital Regional do Oeste pediram demissão nesta sexta-feira

• Atualizado

Vitória Farinha

Por Vitória Farinha

Foto: HRO | Divulgação
Foto: HRO | Divulgação

Exaustão, falta de valorização e remuneração atrasada estão entre os motivos que levaram os médicos a pedirem demissão da UTI Pediátrica, do Hospital Regional do Oeste. A ex-coordenadora da ala, Caroline Pritsch, confirmou que foram seis profissionais (dos oito que atuavam) que pediram o desligamento. Os servidores cumprirão o prazo de 60 dias antes de se afastarem.

Ela também explicou que está desde janeiro de 2022 avisando o hospital sobre as dificuldades que os servidores estavam enfrentando: “A carga horária de todos aumentou muito, então procuramos por mais colegas para dividir a carga horária, e aí que vimos o quanto o valor da hora de plantão está desvalorizado – comparando os três estados aqui do sul. Assim, ficou praticamente impossível chamarmos mais colegas para trabalhar aqui”.

Caroline, que está representando também os seus colegas, afirmou que, há mais de um ano, os médicos estão procurando outras fontes de renda para se manter. “Foram pelo menos seis meses tentando negociar e essa decisão foi tomada em conjunto para que ninguém saísse prejudicado, mas realmente chegamos ao nosso limite físico de trabalho”, comenta. A ex-coordenadora lamenta a falta de valorização dos especialistas e o fim da sua atuação no hospital:

“Eu cheguei há 7 anos (no Hospital Regional do Oeste) e montei a UTI Pediátrica. Montamos uma equipe somente de especialistas e, com isso, reduzimos a mortalidade das crianças da região oeste”.

Na matéria anterior, o número de servidores que pediram o desligamento havia sido cinco de sete. A assessoria do HRO confirmou um novo número, também falado pela coordenadora. O número oficial, até o momento, são seis de oito médicos.

Confira, na íntegra, a nota do hospital:

(…)

Pagamento de atrasados será feito mediante cronograma definido pelo Direção do HRO e já informado aos profissionais.

Os 14 milhões liberados pelo Governo do Estado não cobrem, por força de legislação, despesas anteriores ao dia 2 de junho quando passou a vigorar o convênio.

Direção do HRO elaborou cronograma, conforme mencionado acima, para pagar os atrasados com recursos de outras fontes (Teto SUS, por exemplo), garantindo, assim honrar os compromissos devidos. Nesse sentido, os recursos do GovSC permitiram essa folga no caixa.

Neste momento, prioridade da Direção é pagar atrasados.

Cinco dos sete profissionais encaminharam pedido de desligamento de suas funções junto à UTI Pediátrica.

A UTI Pediátrica não fechará.

Como já acontece rotineiramente, pacientes que venham a necessitar atendimento eventualmente não disponível, entram na Regulação. Não ficarão sem atendimento.

Veja a matéria:

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