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Sindicato de postos de combustíveis explica aumento da gasolina na Grande Florianópolis

Segundo o vice-presidente do Sidopolis, o preço que estava sendo praticado até o final de setembro estava com promoções aplicadas pelos postos de combustíveis

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Juliane Becker / Cedido
Foto: Juliane Becker / Cedido

Motoristas da Grande Florianópolis notaram um aumento no preço da gasolina de aproximadamente R$ 0,50 em média. O aumento ocorre na mesma semana que o Governo Federal retomou a cobrança do imposto PIS/Cofins, que deve ter novos reajustes até o fim do ano.

Joel Fernandes, vice-presidente do Sindicato de Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindopolis), explica que, diferentemente do que se imagina, o aumento da gasolina não está diretamente relacionado ao aumento do diesel, reajustado em 1º de outubro.

A justificativa para o aumento da gasolina está em uma “retomada” da margem lucro bruto dos postos de combustíveis. Segundo o Joel, os postos de combustíveis estão com dificuldades financeiras por estarem praticando um preço abaixo da margem de lucro bruto adequada. Um dos pontos levantados por Joel são dívidas de empréstimos que os postos fizeram para manter as atividades.

“Os postos que decidiram elevar os preços pagam R$ 5,20 pelo combustível e vendiam na faixa de R$ 5,70, margem de 10%. Agora, com a recomposição do preço, se retomarem uma margem de 20%, por exemplo, devem vender por R$ 6,20, estourando o valor de R$ 6,30, no máximo”

Joel Fernandes, vice-presidente do Sindopolis

Para o representante do setor, os últimos meses tiveram preços menores por conta de diversas promoções que os empresários promoveram. “Na gasolina, há mais de seis meses, os postos da grande Florianópolis estão trabalhando com promoções, não se consegue trabalhar com a margem de R$ 0,10”.

Joel também detalha que o PIS/Cofins aplicado diretamente a combustíveis já foi retomado totalmente. “Gasolina e álcool já foi onerado em 100%. No início o governo segurou, mas depois de seis meses voltou a onerar com o PIS/Cofins”, detalha.

“O problema, é que se os postos, lá atrás, não tivessem abaixando tanto os preços com promoção, os preços teriam abaixado, mas não tanto como estava até semana passada”

Joel Fernandes, vice-presidente do Sindopolis

A expectativa do especialista é que os postos não elevem a margem de lucro bruto para cerca de 18%, em média. “Se nós trabalharmos sem promoção, não há necessidade de novos aumentos, o que pode acontecer é uma alteração da Petrobras”, afirma. Para ele, com o reajuste, os postos só precisarão elevar os preços para repassar o preço ao consumidor em um eventual aumento de preço da Petrobras para as distribuidoras.

“É questão de tempo, todo o mercado estará no preço corrigido”, aponta.

Para Joel, é importante destacar que mesmo o ajuste dos postos, o preço do combustível segue inferior ao praticado em boa parte do ano passado. “Gasolina, antes das eleições, se for pesquisar, dois três meses antes, se pagava, em média, R$ 7,69. Bom destacarmos isso para o consumidor”, comenta.

Conforme o especialista, o que explica a redução dos preços nos meses antes da eleição de 2022 foram: “Principalmente a redução de impostos, a redução do valor cambial do dólar e do barril do petróleo”,

Foto: Juliane Becker / Cedido

Retomada na cobrança do PIS/Cofins sobre o Diesel

Desde 1º de outubro, o preço do combustível foi acrescido de mais uma parcela do PIS/Cofin. O vice-presidente do Sindicato diz que o diesel ainda terá dois novos reajustes, que reincorporação o imposto. “Em 1º de novembro serão mais R$ 0,12 e em 1º de janeiro de 2024 mais R$ 0,20”, explica.

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